O que passa na mente humana é difícil de compreender ou explicar; é complexo, porém extraordinária, nossa mente é uma faculdade sensorial da inteligência.
O indivíduo consciente é dotado pelo poder de interpretar, de desejar, ter caráter, de imagin...
Uma semana depois e nada de Felipe aparece. O que ele fazia Emilly não sabia, imaginava que por ser um sítio ou fazenda, deveria esta trabalhando, se perguntava, onde estavam os funcionários dele? Será que não tinha nenhum curioso entre eles, para vim abrir aquela porta do quarto?
O que ela não sabia é que ele sempre voltava a Vitoria da Conquista, vistoria seus funcionários e ver como estava as financias das suas joalherias e não dar motivos para seu paradeiro ser especulado.
Emilly tinha economizado a comida, mesmo assim durou só três dias.
Trancada ali teve pesadelos, que pensou ser real.
Sonhou trabalhando em São Paulo com sua amiga Tatiana. Nessas alucinações se viu perseguida por um homem de capuz que descobriu ser o próprio Felipe.
Viu-se na lotérica pagando as contas e Felipe estava lá também junto com ela, mas achava que era apenas um sonho. E em outros momentos ate acreditava que gostava de estar nos braços de Felipe.
A fome, o desespero as dores em sua região íntima, aquela terrível enxaqueca e o medo não a deixavam mais ter um pensamento coerente em relação ás coisas. Tudo era real e tudo era sonho ao mesmo tempo.
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Ela passava os dias gritando, socando a parede, chorando e dormindo, acordava e tudo de novo e nada dele aparecer. Aliviava a fome com a água da pia.
A metade da cortina foi aberta, onde uma luz passava por ela. Felipe abriu a parte giratória colocando uma vasilha com sopa, uma xícara com chocolate quente e bolachas.
- Quando você terminar é só passar por aqui a bandeja Princesa. – ele fala baixo.
Ela viu a sombra dele se afastar da cortina, correu até lá e nem ligou para o líquido quente que escorria para dentro da sua garganta queimando, comeu tudo sem ligar para seus modos, mesmo quando terminou ainda tinha fome.
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Os dias se passavam assim, uma vez por semana Felipe entrava no banheiro limpava tudo, retirava o lixo, trocava a toalha de banho, abria a cortina para deixar a luz de a janela entrar. Antes eram duas refeições ao dia, agora apenas uma e ás vezes ele esquecia.
Quando o dia da limpeza chegava Emilly se encolhia dentro da banheira, abraçava os joelhos ficando em posição fetal.
Ele se aproximava, iniciava uma música inaudível, cantava enquanto fazia carinho nos cabelos dela.
E foi em um desses dias que ele resolveu passar as mãos em seus seios, com o susto ela o empurrou.
Felipe se conteve por um bom tempo, ele sabia que depois da última vez tinha a machucado, mas ele era doente por ela, os métodos que buscava entre uma empregada e outra não apagavam as lembranças de esta dentro de Emilly.
Felipe não aceitaria aquela renúncia, meses se passaram e nada dela ceder a ele, como da última vez ele se lançou para cima dela deferiu-lhe um tampa em seu rosto magro.
Emilly não chorava seu coração não sentia nada, há um tempo sua dor paralisou todos seus sentimentos, aquela jovem mulher alegrei e feliz, deu lugar a um ser vazio que ás vezes tinha sonhos bons, sonhos de uma vida distante, onde via um casal feliz que desejava ter filhos, que tinham planos, mas, só eram sonhos, lembranças antigas.
Emilly era um espectador impassível, assistia a distância o que Felipe fazia com seu corpo.
Ele com seus braços fortes e mãos grandes, pegou seu corpo magro e inerte, saiu com ele do banheiro, colocou sobre a cama, tirou camiseta e a calça de moletom dela, rasgou as peças íntimas ferindo sua pele. Ele tirou as dele também, tomou certa distância para observa-la mesmo mais magra ela continuava linda. Começou a acariciar o corpo dela, depois beijou sua boca com violência, mordeu seu lábio inferior a ponto de sangrar, desceu aos seios sugando e mordendo-os, passou pela barriga até chegar a seu ventre e sem demora abriu ainda mais as pernas dela a violentando.
Ela não reagia ao toque dele só o olhava até ele a penetra-la de uma vez, rasgando e a esticando a força. Felipe colocou as pernas dela em seus ombros para aprofundar as agressões brutais foi ai que ela sentiu seu útero se romper, a dor foi mil vezes pior que a primeira vez quando ele a estuprou, ela gritou, segurando com as forças que ainda tinha o quadril dele.
- Felipe para, por favor, para! – ela pediu em meio ás lágrimas.
Ele abriu os olhos furiosos.
- Você não pode negar o que é meu, você é minha será que não pode entender isso? – falou furioso.
- Não, não, por favor, para! - ela grita.
E com isso ele a invade pior com mais força. Emilly não suportou a dor, ia muito além do que podia imaginar, era uma dor que palavras humanas não sabem descrever, sua visão escureceu e seus sentidos se perderam.
Quando Felipe terminou depois de várias e varias vezes a maltratando é que foi perceber que ela estava desmaiada, ele sacudiu-a, chamando seu nome, deu alguns tapinhas no rosto dela e nada.
Ele encheu a banheira com água morna, colocando ela dentro, passou sabão no seu corpo, depois que a enxugou, instalou-a de volta na cama, vestiu-a com uma roupa dele e a cobriu com um cobertor quentinho.
Ela não estava mais desmaiada só dormindo, mergulhada no mais profundo abismo da sua dor.
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Felipe com os dias se tornou impiedoso, bruto e arrogante, quando Emilly acordava, já estava encima dela como um cavalo não se importando nem mesmo quando estava menstruada.
O corpo dela estava cheios de hematomas roxos, marcas de mordidas principalmente nos seios e nas nádegas. Ele a espancava toda vez quando reagia em negação ao ato.
Meses se passaram as esperanças de Emilly morreram e ela desistiu. Felipe não só a torturava fisicamente, mas psicologicamente, quando entrava no quarto sempre dizia a mesma coisa:
- Princesa a culpa é sua por esta aqui trancada nesse quarto, eu só quero que seja uma garota obediente. – dizia isso fazendo carinho em seus cabelos. - Eu não quero seu mal, eu te amo, lembre que você só tem a mim... Seja obediente princesa!
Então Emilly acreditou que a culpa era dela e ele era seu único amor. Como estratégia de sobrevivência, a sua mente humana e incrível, (nossa mente é simplesmente fantástica) foi capaz de desenvolver anomalias sem que percebesse. Passando a admirar e até mesmo amar a Felipe. Esse é um transtorno mental conhecido como Síndrome de Estocolmo: Pessoas que se apaixonam por seus sequestradores.
- Sim Príncipe eu só tenho você! – ela fala com a voz fraca.
Ele segurou no rosto dela fazendo-a olhar em seus olhos.
- E só eu te amo, só eu cuido de você, todos te abandonaram, mas não está sozinha, você tem a mim. – ele pronuncia as palavras com carinho.
Aquele foi o primeiro dia depois de muito tempo que ela desejou o abraçar e nos braçosdele chorou, sua mente não era a mesma acreditou nele. Aceitou que sua família a abandonou e que seu marido nem se lembrava de mais nada referente a ela. Só existia Felipe ali e em sua vida.