Extra

24 7 2
                                    

Que dia corrido e estranho! Era o que Emilly pensava.

Algumas coisas estavam dando errado e ao mesmo tempo as pessoas a sua volta, estavam muito melodramáticas, parecia que tinha que se justificar ou pedir desculpas o tempo todo.

Começou pela manhã quando levantou para preparar o café e a marmita para viagem do marido.

- Amor você esqueceu-se de colocar o garfo junto á marmita, pensa só chegar naquele fim de mundo e ter que comer de mão? – disse o marido rindo em imaginar sua situação.

- Oh meu amor acordei com uma dor de cabeça, estou fazendo tudo no automático, desculpa. – fala pressionando as mãos em suas têmporas.

Ela foi ate ele o abraçou que logo a seguir recebeu um beijo no topo de sua cabeça.

- É assim mesmo meu amor, toma um remedinho e deita que logo vai passar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- É assim mesmo meu amor, toma um remedinho e deita que logo vai passar. E já vou indo que deu hora!

- Vai com Deus, te amo!

Eles se beijaram e ela viu seu marido indo embora, sem saber o porquê ela correu e o abraçou antes dele chegar ao portão. Como sempre fazia isso seu ele achou normal á reação dela, sabia que não gostava de ficar sozinha.

Emilly não podia nem pensar em voltar a deitar tinha muitas coisas para resolver, a primeira era dar uma organizada na casa, a segunda era preencher as fichas de estágio e terminar um estudo de caso, que era uma espécie de pesquisa de um paciente, com diagnósticos e prognósticos da doença, a noite teria que entregar o relatório de tudo.

As horas passaram voando, já era 16h35min da tarde quando terminou e nem tinha almoçado ainda. Enquanto preparava algo para comer, respondia a algumas mensagens no celular e seus amigos naquele dia resolveram encher sua caixa de memória. Uma delas era Hilana.

" Hilana: Olá Margarida como vc está? Já tem uns dias que não nos vimos e estou com saudades!

Emilly: Oi coração estou bem e com sdd tbm... Vamos marcar alguma coisa para esse final de semana?

Hilana: Obá! Vamos sim, ai vcs vem dormir aqui em casa?

Emilly: Pronto, vou só falar com maridi. Há que tal fazermos pizza?

Hilana: Boa ideia Margarida. Dividimos os ingredientes então neh?

Emilly: Isso mesmo, depois te mando a lista. Bjs Rasputia kkkkk

Hilana: 😠😠😠😠👊👊👊... Eu te pego qualquer hora dessas. Bjs "

Rasputia era o apelido que os colegas colocaram em Hilana na época do Colégio e até hoje Emilly a achava assim, ela ficava pirada.

Depois de comer foi se arrumar para ir ao curso, pegou o ônibus, quarenta minutos depois chegou à instituição. Durante toda a aula o clima não estava muito agradável, a turma estava dispersa e conversavam muito alto fazendo com que a dor de cabeça de Emilly voltasse.

Quando terminou foi um alívio, correu para o ponto de ônibus, logo ligando para o "maridi". Ela o chamava sempre assim.

Tum... Tum... Tum...

Maridi – Alô, meu amor já está chegando?

Emy – Oi amor! Não ainda estou no ponto de ônibus. E como foi a viagem?

Maridi – Foi tranquila, só estou muito cansado!

Emy – Percebi por sua voz.

Maridi – Chega logo, estou morrendo de saudades de você.

Emy – Eu também meu amor, daqui ha uns trinta minutos eu chego, para te dar aquela massagem.

Maridi – Te amo, vem logo!

Emy – Também te amo. Tchau!

Nem Emilly ou seu marido desconfiavam que aquele Tchau fosse um adeus.

Felipe a aguada na rua camuflado atrás de uma arvore e quando a viu sair do curso deu a volta no quarteirão, voltando logo depois para a rua do ponto de ônibus, de longe ele a viu conversando com alguém no celular, reduziu a velocidade dando lhe tempo para desligar a ligação.

Parou o carro na frente dela e baixou o vidro do carro.

- Oi Emilly? Boa noite! – falou um tanto empolgado.

Emilly abaixou um pouco para olhar quem estava dentro do carro.

- Há! Olá Felipe, boa noite! Vendo-nos de novo em?

- É sim! Que sorte a minha em ver você novamente assim por acaso, faço faculdade aqui perto. – fala tranquilo.

Realmente naquele bairro se encontrava boa parte das faculdades de Vitória da Conquista, não tinha do que desconfia.

- Que bom! – Emilly respondeu com um sorriso.

- E ai quer uma carona? Estou indo lá para o lado de seu bairro, te deixo perto de sua casa.

- Oh Felipe quê isso, meu ônibus já deve estar chegando, não precisa se incomodar. – ela tenta disfarça o incomodo sentido naquele convite.

- Não será incômodo algum, vamos para o mesmo lado, não custa nada dar uma carona para uma amiga, não é mesmo?

Emilly nunca gostou de pegar carona com colegas homens de seu curso e ficar sozinha os dois em um mesmo carro, mas Felipe era conhecido e estava insistindo muito e ela queria chegar a sua casa logo e rever seu marido que a aguardava ansioso. Uma única vez na vida não faria mal algum, foi o que pensou.

- Tá bem, obrigada!

Entrou meio envergonhada no carro.

- Só coloca o sinto Emy e relaxa não será incômodo, será um prazer. – piscou um olho para ela, ligando o carro saindo logo dali. 

 

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Pensamentos   Perversos  Vol.2Onde histórias criam vida. Descubra agora