Aonde Estamos Agora

4 2 0
                                    

Fazíamos tudo juntos, senti até a paixão estava, não dava para desistir dela. Rebecca é a mulher da minha vida. Nós comêramos a volta, ao normal dela, num restaurante, ela queria muito mostrar a recuperação dela e usou um vestido parecido com o que usei quando apresentamos Death Of A Bachalor estava maravilhosa tinha me deixado de boca aberta. Na verdade a coisa mais parecida naquele vestido dela era o decote, que combinava muito mais com o seios dela do com os meus (e isso é fácil de ser possível, eu nem tenho seios).

Chegamos lá e vimos o Charlie, ele estava acompanhado só que com uma mulher, achei aquilo estranho, mas totalmente aceitável já que ele sempre cuidava de mulheres a sua volta também. Eu pelo menos não acreditava que ele era totalmente gay. Nós quatro apenas nos olhamos e nos sentamos em nossos lugares como se nem nos conhecêssemos.

Depois um tempo eu me levantei, tinha de ir ao banheiro, quando sai Charlie estava na minha frente lavando as mãos, eu tinha e eu fui lavar também. Ele começou a puxar conversa enquanto ensaboava as mãos (e só iria passar água e pronto). Ele falou bem tranquilo "não quero mais saber de homens, sabia? Eu só queria você e não pude. Então fiquei com mulheres pela primeira vez na minha vida, melhor do que sozinho." Sussurrou na última parte "Mas tenha certeza de uma coisa, eu deixei a minha bissexualidade para ser hétero, digamos assim, mas pra você sempre serei gay" tive apenas que concordar, aquilo foi estranho pra mim, mas era o Charlie, ele sempre agia dessa forma, não posso mudá-lo.

Depois dessa só voltei para a mesa e terminei o jantar com a Rebecca.

Ainda era cedo quando acabamos, então ela queria me levar para algum lugar, ela foi me dizendo o caminho e eu dirigi até a praia santa Monica, não era minha primeira vez lá e ela sabia, mas ainda sim quis ir para santa Monica. Graças a isso eu senti que um pouco mais da confiança dela voltar, ela não escolheria aquele lugar à toa.

Caminhamos a praia inteira com os pés na areia durante esse momento nós estávamos próximos novamente, porém não tínhamos tentado nada depois daquele beijo quando ela gastou suas últimas forças, nós até tomávamos banho juntos e não tentávamos nada, nos amávamos porém mudamos tanto com o passar dos anos e aquela discussão ainda mexia com a gente, em resumo tínhamos vergonha. Pelo menos de mãos dadas nós estávamos.

Mas não dava para eu querer só aquilo, tive que parar de andar, não queria e não ia continuar daquele jeito, fui para a frente dela e ficamos cara a cara, ela colocou os braços em meus ombros enquanto eu a segurei pela cintura. Ela me perguntou "o que foi?" Eu disse "você" e a beijei por um bom tempo e senti que era isso que eu queria e precisava, foi um daqueles beijos com uma mordidinha no final, em que ela me machucava eu devolvia. Ela fez uma cara e dor, depois um biquinho e cerrando os olhos (aquilo foi fofo).

A dei um selinho de desculpas e ela sorriu, olhei nos olhos e falei pela primeira vez (eu acho) "eu te amo" e ela me disse de volta "eu te amo também".

No final das contas; Rebecca conseguiu se recuperar na faculdade e eu comecei a minha de engenharia que pagamos com a herança do Sr.Jones. Essa herança ajudou até ficarmos financeiramente bem, nós reunimos as nossas famílias em uma igreja e nos casamos, contra minha vontade vou deixar claro, não gosto de casamentos, e só por isso eu não ia fazer aquele casório ser normal. Depois um muito tempo eu coloquei um vestido novamente, um e casamento.

No dia nem um pouco nervoso, até tranquilo demais, estava de véu no rosto e buque em mãos fui levado ao altar pelo meu pai e Rebecca estava maravilhoso com um terno que demonstrava muito bem seu corpo mesmo sendo um terno. dissemos sim um para outro. Não sabíamos quem deveria jogar o buque, se deveria ser o homem que entrou com ele ou a mulher que casou com esse homem, pensamos e bem, "foda-se" Jogamos o buquê juntos.

Demorou um pouquinho (9 meses), mas os filhos que queríamos nasceram e eram um casal de gêmeos não idênticos, por conta disso demos nomes, que pelo menos para nós é especial, foram registrados de Brendon e Anna,

O Brendon puxou mãe com seu cabelo loiro, mas os olhos era nós dois já que ele nasceu com heterocromia, um olho castanho o outro azul, enquanto que Anna se parecia mais comigo menos olhos que são próprios dela. Impressionante a minha família ter um dom para os olhos. Ela nasceu com os olhos cinzas que se tornaram roxos depois de uns anos que tinhamos tendo uma vida muito boa juntos, a minha, a nossa família.

Só nós quatro. Eu e Rebecca queríamos manter assim até as crianças crescerem e poder ser apenas nós dois juntos na nossa meia-idade, era um pouco longe, mas ficamos realistas com as chegadas das crianças, tinhamos que ser responsáveis, né.

Era só isso, nada demais, o que poderia impedir???

Mudanças Pelo caminhoOnde histórias criam vida. Descubra agora