Capítulo 7

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Me levanto num pulo e os encaro.

Meu peito subia e descia com minha respiração ofegante, e o frio na minha barriga aumentou

Não sei exatamente o que eu poderia fazer contra eles, más eu sabia que alguma coisa eu podia fazer.

Antes que eu eu pudesse raciocinar direito, um corpo considerável grande se colocou na minha frente, tapando aquelas pessoas.

– O que temos aqui? – um deles deu um passo a frente – Poupou nosso trabalho de ir até lá.

De leve, o Miguel me empurrou para trás e chegou mais perto deles.

Ele fechou os punhos e eles se encheram de fogo.

Acabei me assustando e tropecei para trás, batendo as costas em uma árvore.

Por sorte, meu espanto passou despercebido por eles e não chamou a atenção do Miguel.

A voz do meu amigo estava  tão ameaçadora  quanto o fogo em seu punho.

– Não vão encostar nela.

Eles riram.

– Tem certeza? – do nada o homem partiu para cima do Miguel, sendo seguido pelos outros.

Meu amigo tentava se defender de todos e ainda impedir que eles chegassem perto de mim, queimando a todos e desferindo golpes em cada um.

Procurei entre eles a garota de mais cedo, más ela não estava na luta.

Era tanta coisa acontecendo que eu estava ficando tonta e tive que desviar o olhar, e por conhecidencia do destino, eu a vi.

Ela estava onde a sombra das árvores encobria mais a luz do dia, manipulando a mesma coisa negra que ela lançara em mim.

Só que agora eu não era o alvo, ele era o Miguel.

Saí de onde estava e pulei na frente do meu amigo com as mãos estendidas, pouco antes da estaca furar o peito dele.

Ela parou em pleno ar, a poucos metros de distância das minhas mãos estendidas.

Senti algo dentro de mim explodir e a estaca voltou para ela com mais força do que veio, más ela desviou.

– Lira... – a voz do Miguel estava rouca – Como você fez isso?

Não pensei antes de responder.

– Da mesma forma que você nos tirou de casa e da mesma forma que você faz fogo. – abaixei as mãos.

Um cançaso tomou conta de mim e eu acabei tombando para trás.

– Por que isso cansa tanto? – ele me segurou, ainda olhando fixo para os outros.

– Não cansa. – ele ergueu minhas pernas e amparou minhas costas – Isso é porque você não devia ter feito isso.

Escondi a cabeça no pescoço dele e fechei os olhos.

– Sem broncas, tá? – minha voz estava grogue.

– Agora não, más vamos conversar sobre isso depois.

Ouvi quando eles voltaram a atacar, más tudo silênciou de uma forna estranha quase que na mesma hora.

Abri os olhos a tempo de ver a escuridão passando e dando lugar a mais árvores, só que mais espessas e escuras.

– Onde estamos agora? – minha voz não passou de um sussurro e acho que se eu não estivesse onde estou ele não teria me escutado.

Memórias - A Única Herdeira 2 (PAUSADO) Onde histórias criam vida. Descubra agora