Capítulo 3

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Não sei quando foi que eu peguei no sono, más quando me dei conta o carro já tinha parado e alguém me balançava.

- O que houve? - minha voz sai grogue de sono e sem querer acabo bocejando.

Meu pai me olhava com um meio sorriso no rosto, o que me fez sorrir também.

- Nós já chegamos em casa. - me inclinei sobre o banco e estiquei o pescoço.

Na frente do carro tinha uma casa de campo com portas de vidro, sendo possível ver o lado de dentro da casa.

Observei mais um pouco e percebi que essa era a parte de trás da casa, e não a frente como eu pensava.

- Vamos? Estão nos esperando. - ele abriu a porta e se afastou para que eu saísse.

Hesitei um pouco, mas no gim das contas tive que sair.

O Miguel e a Laila já me esperavam na frente da porta de vidro e ao lado deles estavam um homem e uma mulher.

O cabelo dela também era branco, o que me deixou ainda mais surpresa.

Ela me olhava fixamente e tive que desviar o olhar. O homem era a cópia do Miguel, tirando o fato de ser mais velho e dos cabelos pretos, eles eram a cópia um do outro.

Olhei em volta.

O lugar era enorme. Além da casa ser o dobro do tamanho que eu imaginei, a parte onde estávamos era rodeada de árvores e parecia ficar bem afastado de tudo e de todos.

- Lira. - voltei a atenção para o meu pai - Podemo?

Assenti e esperei ele dar o primeiro passo.

Na medida em que eu me aproximava, meu coração dava um salto diferente e a comida do hospital estava prestes a voar boca a fora.

Parei a poucos passos deles e esperei que alguém fizesse as apresentações.

- Lira, esses são meus pais: Jenny e Rafael. - começou o Miguel, E...mãe, pai, essa é a Lira, nova versão.

Tive rir.

- Ficamos preocupados com você, Lira. - a Jenny avançou e me abraçou.

- Desculpe ter deixado vocês preocupados. - me afastei - E.. É um prazer conhecer vocês.

Ela ia falar mais alguma coisa, só que seu marido a interrompeu.

- Que tal entrarmos? Devem estar com fome.

Os dois irmãos foram na frente, sendo seguidos por Jenny e depois por mim.
No andar de baixo tinha a sala, que por sinal era enorme. No outro lado ficava a cozinha, com uma mesa de jantar de seis lugares e um balcão.

Antes de dar mais um passo olho para trás.

Meu pai está parado na porta de frente para o Rafael. Os dois se olham de uma maneira estranha e também estão sussurrando alguma coisa.

Só sei que quando meu pai fechou o punho, minhas pernas se moveram por vontade própria, indo até eles.

-... Se ele estiver aqui, eu vou... - meu pai tentava manter a voz baixa.

- Você não vai fazer nada! - ao contrario dele, Rafael nem parecia tentar manter o tom de voz, e pude ouvir perfeitamente. - Já disse que ele não está aqui.

- Quem não está aqui? - segurei a mão em punho do meu pai e coloquei a outra mão no seu ombro.

Eles trocaram olhares nervosos antes de responder.

Memórias - A Única Herdeira 2 (PAUSADO) Onde histórias criam vida. Descubra agora