Liam estava na sala de casa. Odiava atrasos, já eram quase quatro horas e a garota não chegava."Maldita hora que eu deixei mamãe voltar para casa. Eu não sou bom com entrevistas!"
Indo até o seu bar, encheu um copo de uísque e o tomou de uma só vez. Isso o manteria calmo.
Mas por quê diabos ele estava tão nervoso?
...
- Senhor Vilhena? - Juliana, uma senhora de quarenta anos e também sua empregada estava de pé ao lado do sofá. - Ela acabou de chegar, quero dizer a babá!
Liam levantou um pouco de pressa, mas logo se recompôs.
- Acompanhe ela até o escritório, sem demora. - Ele disse e logo saiu do recinto. -- e eu não a contratei ainda.
Caminhando a passos largos ele se sentou em sua mesa, olhando o relógio que marcava quatro horas em ponto. Logo sua princesinha chegava da escolinha.
Escutou então uma batida leve na porta, quase não deu para ouvir. Levantou-se então e pediu para que ela entrasse. Só não entendia o por que de estar nervoso. Ele não era assim!
A porta então se abriu e a figura que se revelou por trás dela deixou Liam sem respirar por alguns segundos.
Uma mulher pequena, seus cabelos longos da cor de mel, vestia um vestido branco que iam acima dos joelhos, seus olhos negros e sua boca rosada.
Ela era linda, pensou Liam.
- Senhor Vilhena, eu sou...
- Estela Fernandes - ele completou. - Sente-se por favor. -- engoliu em seco.
- Obrigada. - Ele a viu andar elegantemente até a cadeira enfrente a sua mesa.
- Bom, Dora me falou um pouco sobre você, mas pedaços de papel não me encantam. Eu quero saber o seu real interesse com crianças.
- Eu trabalhava com crianças, numa creche num lugar pobre e precário, porém saber que eu era a alegria daquelas pequenas criaturas lindas, aquilo me deixava muito contente. Na verdade eu amo crianças, e sei que elas sabem disso.
- Certo, senhorita Fernandes. A minha filha, Arizona, é uma criança adorável, é esperta mas tem um gênio forte . O gênio de Katharyn, a mãe dela. Ainda é um assunto delicado para ser tratado dentro dessa casa... Eu preciso de alguém que esteja disposta a doar-se inteiramente para a minha filha.
- Claro, reconheço os cuidados que devemos ter com uma criança, senhor Vilhena. Inclusive Dora sempre fala da pequena Arizona.
- Ah, é? - Liam estava bastante surpreso, pois ele não sabia o quanto sua princesinha era querida por duas mulheres que não eram da sua família.
- Claro. Sei que Arizona é um amor, carinhosa... Mas também é uma pimentinha, Dora a chama assim. - Ambos sorriram. - Lembro dela chegar toda suja de tinta lá em casa e me contar que a garotinha pintara toda a parede do quarto e limpou com os vestidos novos que a avó havia comprado fora do país. Sei que a senhora Vilhena estava brava e depois todos se divertiram.
Liam se lembrava daquilo.
"Chegando em casa, Liam destranca a porta e escuta o choro da sua pequena. Largando a mala no chão ele sobe as escadas pulando alguns degraus.
- Arizona, o que... - parado na porta do quarto que antes era branco e dourado, Liam via um jogo de cores.
No chão haviam roupas sujas de tinta. Olhando para os lados via Dora encostada na parede e sua mãe com os braços cruzados.
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LIAM (LIVRO 3) FAMÍLIA GREEN
Storie d'amoreApós perder a mulher amada, Liam vive em Seattle com a filha Arizona. O homem torna-se duro e frio, seu tempo é dedicado apenas a menina de quatro anos e o trabalho que toma grande parte do seu tempo perdendo apenas para as horas vagas e frias de so...