EU ACHO QUE AMO VOCÊ

Capítulo 14 - O Pedido

Inacreditável como Peter mexe comigo, e mesmo depois de tudo que passei com meu ex, ele conseguiu alimentar o que restava de amor dentro de mim. Eu amava o Nick, ele era tudo pra mim, mas agora, eu não consigo sequer lembrar que ele existe, talvez porque eu não suporto traição, ou pelo simples fato de estar, perdidamente, absolutamente e assustadoramente apaixonada pelo Peter.

Ontem mesmo estávamos nos tratando como estranhos, e agora estamos no meio da estrada indo pra algum lugar que não faço ideia, mas tenho certeza que definitivamente não é para uma reunião de negócios.

– Para onde você tá me levando? – Pergunto curiosa.

Peter sorri de lado e continua olhando para a estrada. Então ele freia o carro e percebo que paramos no meio do nada.

– Vou te vendar! – Fala pegando uma gravata em um suporte no painel do carro.

– Para Peter! – Penso que é brincadeira.

– Estou falando sério – Responde entusiasmado.

– Olha, se for me matar, não me faz sofrer muito! – Entro na brincadeira.

Ele me venda e sinto o movimento do carro. Vira a direita duas vezes, e uma a esquerda, depois de dois minutos não consigo lembrar para qual direção tínhamos passado a segundos atrás e desisto de tentar.

– Chegamos! – Abre a porta e sai carro.

– Peter? – Pergunto depois de ficar tudo em silêncio.

– Estou aqui! – Abre a porta e me dá um selinho.

Caminhamos por uns dois minutos, parecia longo o caminho, me deixando cada vez mais ansiosa, e para piorar, o clima estava bem frio. Só sei que chegamos no local porque a temperatura aumenta.

– Posso tirar? – Pergunto me referindo a gravata.

– Espera mais um pouco! – Me pede com animação.

Caminhamos mais um pouco e subimos uma escada, passamos alguns minutos subindo, o que diz que é bem alto.

– A curiosidade só não está me matando mais que minhas pernas – Esfrego minhas pernas cansadas.

Chegamos em uma porta e Peter solta a minha mão, de repente, escuto um barulho forte de água caindo e entro em alerta, quando sinto minhas costas encostarem no peito quente dele, ele beija meu pescoço e tira minha venda. Pisco os olhos que ficaram embaçados, e paraliso. Era uma varanda incrível com duas piscinas de água límpida, e cascatas na parede, o que justifica o barulho da água. Entre as piscinas tinha uma passarela de madeira, no final delas tinham camas com tecidos brancos, e "Nossa!", as camas estavam na beira de uma vista inacreditável para a cidade.

– Vem comigo! – Diz Peter me empurrando devagar.

Chegamos à beira da varanda para apreciar a vista, e vejo novamente aquele céu espetacular, que cruzou conosco no dia do nosso primeiro beijo.

– Esse lugar é lindo! – Digo enquanto me viro para olhá-lo.

– Nada mais espetacular que você! – Me olha fixamente nos olhos.

– Obrigada! – Digo lhe dando um beijinho na testa.

Nos encaramos carinhosamente por alguns segundos, e ele quebra o gelo perguntado sobre minha faculdade, e sobre minha vida, o que me surpreende.