Capítulo 25 - Lar Doce Lar

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Faz três meses que decidi me afastar do Peter, e ainda sinto que foi ontem que dissemos adeus. Esse tempo eu me ocupei nas mudanças, tanto da empresa quanto da minha casa.

Acabei aceitando emprego no escritório de contabilidade de outra cidade, a uns oitenta quilômetros da casa dos meus pais, e a 15 minutos do meu novo apartamento, mas estou satisfeita com isso.

Estou morando em um apartamento modesto onde resolvi recomeçar longe de toda aquela confusão sentimental que me encontrava. A Linda e meus pais, até mesmo o Ceniel, mantêm contado quase que diariamente, mas evitam falar sobre os acontecidos antes da minha partida.

Acabei procurando um advogado para resolver a questão da difamação, mas alguém já tinha providenciado, claro que eu desconfio ter sido Peter, já que sua imagem estava em jogo. Então depois de alguns dias as notícias pararam de circular. Acabei decidindo fazer visitas a psicologia, pois reconheço que preciso melhorar minhas emoções, e nada melhor do que resolver com quem entende.

– Como foi a consulta? – Pergunta minha mãe preocupada.

– Está tudo em perfeita ordem! – Respondo enquanto saio da sala da psicóloga.

– Seu pai disse que quer falar com você – Avisa enquanto escuto a voz dele no fundo.

– Em outro momento, vou dirigir agora! – Explico enquanto saio da recepção.

Caminho despreocupada quando sinto uma mão tocar meu ombro. Vejo uma pessoa familiar, e consigo lembrar de sua feição.

– Sou eu, Felipe! Lembra de mim? – Pergunta empolgado.

– Como não Dr. Osbourn? – Sou simpática. Era Felipe Osbourn o médico que havia me atendido depois do meu desmaio.

– O que faz por aqui? – É curioso.

– Bom, eu como uma reles mortal com psicológico e emocional abalados, estou no lugar totalmente conveniente! – Sou humorada e ele sorri. – Já você me surpreende, um médico, bem-sucedido, não deve ter problemas assim! – Brinco.

– Aí que você se engana! – Responde de imediato.

– Mas então, pé na bunda, filhos descontrolados, sem tempo pra viver? – Sou direta.

– Não vim me consultar – Fala tímido.

– Eu sabia! – Dou risada.

– E eu não tenho filhos! – Gargalha.

Uma mulher linda se aproxima e toca em seu braço.

– Vamos logo! – Fala a mulher enfadada, ele se assusta e segura sua mão.

Eu fico totalmente constrangida, pois provavelmente é sua esposa, e em nossa conversa eu pareci empolgada demais.

– Olá, sou Emily, e você? – É simpática.

– Oi, é... eu sou Anne! – Falo parecendo uma pimenta de tão vermelha.

– Vamos? – Fala Emily olhando para Felipe.

– Bom, desculpa o incomodo, eu preciso ir também! – Falo incomodada.

Me retiro rapidamente sem mal olhar para Felipe, me sinto estranha pela situação constrangedora. Estou chegando no estacionamento quando novamente alguém toca meu ombro.

– Porquê correu? – Era Felipe com uma expressão confusa.

– Eu? O quê? Eu não! – Gaguejo nervosa, olhando para os lados como se tivesse cometendo um crime.

EU ACHO QUE AMO VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora