Capítulo 21 - Fuga

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Abro os olhos lentamente e vejo que estou em um quarto de hospital. Olho para todos os lados e vejo um homem jovem com um jaleco, provavelmente algum residente ou o médico.

– Olá moça! – Fala sorridente.

– Olá! – Respondo um pouco fraca.

– Antes que me pergunte, você ainda vai viver por muitos anos! – Brinca.

Eu não seguro a risada e logo me sinto mais relaxada.

– O que aconteceu comigo? – Pergunto confusa.

– Você não tinha nada no estômago, pode ser o culpado pelo desmaio, mas então eu te injetei alguns litros de soro e vou te dar algumas vitaminas, pra ver se recupera sua cor, está anêmica! – Fala enquanto anota algumas coisas!

Então uma enfermeira entra e chama nossa atenção.

– Senhor, os rapazes lá fora parecem um pouco eufóricos. – Fala impaciente.

– Certo, senhorita seus amigos, namorado e amigo, ou, não sei... – Fala apressadamente e em seguida fica constrangido com as próprias palavras.

– Amigos! – Sou direta.

– Desculpa! – Fica ruborizado.

– Eu não quero os ver! – Sou enfática.

Ele acena com a cabeça e de imediato se retira da sala. Eu aproveito para me desligar da cama e trocar de roupa. Logo ele retorna com um rosto meio confuso.

– Acho que eles te deixaram brava! – Fala enquanto se aproxima.

– Você vai me dar alta? – Vou direto ao ponto.

– Ow! – Faz uma expressão de surpreso. – Sim, você já está bem! – Pisca um olho.

– Onde eu assino Dr. Osbourn? – Olho o nome em seu jaleco.

– Aqui! – Aponta com a prancheta. – Felipe, é meu nome! – Fala enquanto assino o formulário.

– Obrigada Felipe! – Agradeço e pego minha bolsa para ir embora.

Saio pelo corredor e de imediato, dou de cara com Peter dormindo na sala de espera. Caminho em passos leves e vejo Josh virando o corredor em direção ao banheiro.

Estava tarde, escuro e frio, tento pedir um táxi, mas meu celular não está comigo. Eu não queria voltar, então começo a andar pelas ruas na intenção de alguma hora chegar em casa.

Alguns minutos já cansativos, encontro uma estação de ônibus, e resolvo esperar por um. Tomo um susto enorme quando escuto a voz que eu menos esperaria.

– Anne? – Pergunta Peter com a voz fraca.

– O que você faz aqui? – Levanto assustada.

– O que você está fazendo aqui? – Rebate ficando próximo a mim. – Eu estava preocupado! – Diz pegando minha mão, mas eu puxo de volta.

– Não precisa se preocupar, eu estou bem pelo que percebe! – Respondo com tristeza no coração, eu o vejo me observar, ele sabe o quanto estou magoada.

– Anne, eu sei que menti pra você, mas não é como você está pensando – Tenta explicar.

– Me parecia evidente! – Respondo irritada.

– Não Anne! Me escuta por favor! – Implora.

– Ta! Tá bom então, explica – Diz cruzando os braços e sentando novamente.

EU ACHO QUE AMO VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora