Capítulo 16 - A Casa da Arvore

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Peter estava diferente, passou de rude e autoritário, para gentil e cavalheiro, e apesar de não acreditar, estava simplesmente amando.

Ele pediu para eu ir elegante pois sairíamos a um lugar especial. Eu vesti um vestido tubinho de mangas longas com algumas pedrarias, fiz uma maquiagem bem leve nos olhos e passei um batom vermelho.

Percebo que Peter chega quando escuto a campainha tocar. Abro a porta e ele está de smoking azul-escuro e uma camisa branca aberta por dentro.

– Uau! O que é isso? Fala surpreso ao me olhar dos pés à cabeça.

Você não está nada mal! Ele sorri e coloca o braço para eu me apoiar, e caminharmos até o carro.

Você demorou – Brinco.

Shhh! Fala com um gesto para me calar.

Você não vai me vendar de novo não é? Falo deformando o rosto.

Obvio... Faz uma pausa. Que não! Agora fica em silêncio que eu quero que você aprecie Diz colocando uma música no som do carro.

O vejo selecionar a música Felling Good, e eu fecho os olhos para realmente apreciar a canção que já conhecia bem, e minha voz desliza suavemente junto com a grandiosa Nina Simone.

Birds flying high, you know how I feel, sun in the sky, you know how I feel, breeze driftin' on byb you know how I feel, It's a new dawn, It's a new day, It's a new life, for me, and I'm feeling good! Canto com minha voz grave. "É, eu sei cantar um pouco!"

Abro os olhos e vejo ele me admirando com um sorriso bobo no rosto, então ele dá partida no carro e seguimos o caminho ao som terrivelmente sexy dessa grande cantora. No decorrer do percurso, percebo Peter um pouco inquieto.

Você... – Tenta dizer algo.

Eu...? – Pergunto ansiosa, e ele permanece em silêncio. – Fala logo Peter! Digo quase nervosa.

Você não me disse que sabia cantar Fala surpreso.

– Isso estava te deixando inquieto? – Pergunto com um sorriso tímido. – Respondendo sua pergunta, eu arranho um pouco – Sou modesta.

Percebi! Fala com ironia. Eu toco alguns instrumentos de corda Fala olhando para a estrada, e eu me viro pra ele.

Serio? – Pergunto surpresa.

Depois te mostro umas composições Fala como se fosse algo muito simples.

E canta? Falo com os olhos arregalados.

Não!! E nem me faça tentar Fala sério me fazendo rir.

Exagerado! – Digo ainda sorrindo. – É muito interessante saber que você gosta assim de música. – Acrescento.

– Eu só componho! – Fala com simplicidade.

– Só compõe? – Falo abismada. – Eu sempre cantei a vida inteira, mas nunca, nunca, nunquinha, consegui compor uma canção sequer, e você vem com o papo de "Eu só componho"! – Faço aspas com os dedos.

EU ACHO QUE AMO VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora