23. Boatos

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Com sussurros no vazio,
O som propaga,
Levando mentiras exageradas.
De quem estariam falando agora?
Quem seria a próxima vítima
Daquela ignorância?

Dos lábios mais venenosos saiam
Iam levitando como fumaça em pleno dia,
Sorrateiras e esguias
Com garras sutis e compridas.

Risos pretenciosos
Olhos abertos em surpresa
Pelo que nunca havia acontecido,
Pelo que nunca seria capaz de haver.

Importunando os mais contidos
Agitando os mais fracos
Aqueles que não tinham vida própria
Que gostavam de criticar a dos outros

Quanta barbárie.
Palavras nocivas a manchar um histórico
Iam se espalhando
Sem qualquer misericórdia ou perdão

E aquele de quem era dito tolices
Ficava a esmo social
E nada podia ser feito
Para mudar os cursos daqueles ventos de discórdia.
— γ

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