7. Madalena

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Não chores, Madalena
Pelo futuro incerto
Pelo agora, desperto, incorreto
Pelos sonhos nunca descobertos.
Deixe que sejam só sonhos,
Porque seus desejos são muito maiores
Do que o que o mundo e a realidade possam te dar.

Não chores, Madalena
Por achar que não consegue
Por pensar ser incapaz
Por sentir como se fosse inútil
Não és, Madalena, não és.
És, sim, indispensável
Impressionante, incomparável.

Não chores, Madalena
Pois és esperta,
Pensarás em uma maneira de ser feliz
Não só alegre como uma atriz
Que finge seus sorrisos.
Não ligue para eles, Madalena
És forte, tu, corajosa
Pois bem, não dê ouvidos aos comentários.

Não chores, Madalena
Não se apegue tanto a esse estresse
Mande-o embora, ele não te faz bem.
Não se cobres tanto, não exija muito
Dessa tua pobre alma.
Não precisas superar expectativas
Não precisas, também, viver nesses trilhos
Que as mentes mais indelicadas pensaram
E as bocas mais sujas falaram,
Determinaram seu futuro.
Não as siga jamais.

Não chores, Madalena
Pois nãos és dezena,
És centena, tu.
Viverás plena,
Somente se tirar esses pesos de teus ombros.
Não sejas serena, Madalena
Solte a voz, faça uma cena
Dê chiliques, é o que todos nós fazemos.
Vá para arena,
Façam notar tua presença
Mostre que não és pequena,
És Madalena.

Não chores, não chores, querida Madalena
Pois eu acredito em ti
Sorria, Madalena
Tu serás feliz um dia.
- γ

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