Como algo tão bom, pode ser tão ruim? Faith era um anjo da guarda, o qual foi designada para cuidar de um bebê recém-nascido, Miguel Henderson, cujo os pais não acreditavam em um ser soberano. Faith se encanta pelo menino de olhos azuis, trazendo dú...
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P.V.O Faith
O tempo estava frio, por sorte Miguel e eu havíamos comprado alguma roupas quentes, o céu estava sem nenhuma estrela escuro dando indícios que poderia chover a qualquer momento. O silêncio tomava conta do carro de Miguel, ele apenas olhava para estrada enquanto dirigia completamente centrado porém por diversas vezes eu podia o ver sorrir. Eu ficava feliz por ele estar feliz, porém no fundo tinha medo de saber o motivo de sua felicidade, e por isso não perguntei. Talvez seja a parte humana que agora tenho em mim fazendo com que eu tenha medos, receios e um pouco de egoísmo.
Coloco um pouco do rosto para fora da janela sentindo a brisa do vento batendo sobre a minha face naturalmente rosada, era bom poder sentir isso, me distraio e ainda tenho a sensação de estar livre novamente e não presa em duas pernas.
Quando finalmente olho já estávamos na porta da casa de Miguel. Desço do carro rapidamente sem ao menos esperar Miguel ao entrar vejo a mulher alta de olhos azuis sorrindo para mim.
- Boa noite! - A voz grossa porém calma e preguiçosa do pai de Miguel adentra em meus ouvidos me causando uma sensação de proteção. Apesar de não termos conversado tanto e feito apenas os comprimentos do dia.
ele definitivamente parece não ser um homem de muita conversa, sua expressão de bravo era sempre a mesma. Mas isso não significa que seja um homem ruim eu sempre vejo como ele trata o filho e a mulher com amor e respeito.
- Boa noite Faith. Estava mesmo esperando por vocês para decidir o que fazer pro jantar.
Ao contrário do pai de Miguel sua mãe era extremamente extrovertida sua expressão era de alguém que não importa o que aconteça está sempre feliz, noto isso desde o dia que a conheci como anjo.
- Mãe faça uma sopa, está frio e pegamos um sereno acho que pode prevenir um resfriado.
Disse Miguel colocando suas chaves em cima de uma mesa no centro da sala, me fazendo assustar quando coloca uma de suas mãos sobre meu ombro esquerdo meio que me abraçando. Sua mãe olha a cena a sua frente e sorrir realmente contente..
Agora o porquê eu não sei.
- Ótimo então. Vocês tomam banho enquanto preparo a sopa. - Disse Marta indo em direção para cozinha.
Saio do banho depois de um tempo e vou para o quarto de Miguel para me trocar abro a porta e lá está ele sentado com as mãos no seu celular e com um sorriso estampado no rosto, ver Miguel feliz para mim era algo divino mas ver que sua felicidade não é por mim e sim por Amanda me deixava triste, eu estava sendo egoísta quanto a isso estava deixando uma enxurrada de pecados tomar conta de mim e não era isso que o pai queria de mim. Miguel tirou os olhos do aparelho e se virou para mim.
- Desculpe não vi você parada ai, vou te dar licença.
Foi a única coisa que Miguel disse após se retirar do quarto fechando a porta.
