Como algo tão bom, pode ser tão ruim? Faith era um anjo da guarda, o qual foi designada para cuidar de um bebê recém-nascido, Miguel Henderson, cujo os pais não acreditavam em um ser soberano. Faith se encanta pelo menino de olhos azuis, trazendo dú...
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P.V.O FAITH
Eu dormia serenamente quando uma sensação ruim toma conta do meu sono sinto que Miguel precisa de mim. O que me surpreendeu foi o fato que não estou mais no paraíso mas ainda podia ter minha conexão com ele e saber quando ele precisa da minha presença, do meu toque e do meu olhar. Foi questão de segundos após sentir isso para ver Miguel parado na porta de meu quarto com o rosto vermelho e molhado pelas lágrimas que derramou.
Doía tanto em mim ver meu garoto daquela maneira, com seu coração partido ver que seus sentimentos foram pisoteados como se fosse um chão. Eu não me importei naquela hora com o que havia acontecido mais cedo, apenas me levantei quando Miguel suavemente tocou em meus braços e me colocou de pé a sua frente, eu não esperava por aquela atitude, Miguel desesperadamente entrelaça seus braços em mim me dando um forte abraço, eu correspondi colocando meus braços em volta de seu corpo e posso sentir seu coração desacelerando quando o toco, eu levanto minha mão e ainda envolvida e seus braços acariciei os lindos fios de cabelos loiros.
Me sentia a pessoa mais feliz daquela cidade naquele momento, saber que ele confiava em mim mesmo não sabendo nada ao meu respeito, saber que ele se sentia melhor com meu toque me fez derramar algumas lágrima, saber que eu era a pessoa a quem ele procura nas suas horas difíceis mesmo não se abrindo nem com os próprios pais me fazia amá-lo ainda mais.
Miguel se solta um pouco de nosso abraço mas de maneira alguma nossa conexão diminuiu, senti suas mãos grandes acariciando meu rosto da maneira mais delicada possível, sinto suas pernas em movimento e o vejo dando um passo a frente sem tirar os olhos do meu, nossos rostos ficam cada vez mais perto, sinto meu coração se acelerando, estou suando frio, sinto meu corpo se arrepiar quando uma das mãos de Miguel toca uma das minhas e com a outra mão toca meu rosto abrindo um sorriso, seus olhos então se fecham e vejo que seus lábios estão cada vez mais próximos dos meus eu não sei o que fazer, estou nervosa.
Sinto como se colocassem uma bomba em meu coração e ela tivesse explodido, estou paralisada vendo aqueles lábios rosados cada vez mais perto e não consigo me mexer, e como se meu cérebro falasse que isso é errado mas meu corpo não obedece, e então naquele momento os lábios de Miguel se chocam com os meus de uma maneira intensa. Era certo corresponder aquele beijo?
E naquele momento eu não sabia mais o que era certo ou errado toquei seu rosto com uma de minhas mãos sem mesmo saber o que teria que fazer agora em diante, ele pediu espaço para sua língua entrar e eu deixei e então senti a emoção do primeiro beijo, senti como se meu corpo flutuasse levemente. Justo, perfeito, talvez simples e sem defeito.
O primeiro beijo é como a primeira vez que você vai comer alguma coisa e não faz ideia de como é o gosto e quando finalmente você prova, não vê a hora de provar novamente e isso era errado eu não deveria ter gostado disso, e naquele momento eu percebi que sucumbi a uma das coisas que o mundo tinha a me oferecer eu cometi um dos piores pecados e naquele momento eu tive vontade de matar Miguel, e então novamente eu estava no pecado. Matar alguém o que era isso? Que ideia mais boba, afasto Miguel de mim e o observo e dessa vez não com o mesmo olhar de sempre, dessa vez eu sentia raiva.
