Capítulo 01

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Era uma sexta-feira, 20 de junho e os gêmeos completam seus quinze anos. Bom, eles optaram por uma viagem para Austrália, eles já conheciam a Disney, Senhor Rafael Villar os presenteou com a viagem nas férias escolares. Mas Dona Isabela, mais conhecida como mãe corujona, não deixaria passar em branco. Ela convidou alguns amigos íntimos de meus irmãos, mais tio Conrado e Dinda Agnes com sua prole para a comemoração. A Tia Nathalia viria, se ela não tivesse em Buenos Aires com tio Felipe em viagem de comemoração do aniversário de casamento. Ninguém acreditou que daria em casamento o relacionamento maluco dos dois, bom, eles estão completando cinco anos de casado. O casamento ocorreu com meus dezessete anos e fui uma das madrinhas, com até então meu namorado Hugo na época. Foi digna de princesa, minha tia ainda continuava a Barbie perfeita que era, apesar de ter passado dos trinta e tio Felipe ainda era um garotão.

Agora estou eu com a Eva e Eliza, vendo revistas de adolescentes, enquanto Saulo e Enzo estão com os colegas falando de jogos. Meus tios tinham um compromisso antes de virem, mas deixaram seus filhos aqui em casa. Eliza, minha irmã, mudou drasticamente depois de crescer. Da pequena travessa orgulho do Rafael, se tornou uma garota tímida e tinha a Eva, que vinha ser a miniatura da tia Agnes, com os olhos do tio Conrado. Eva era um espevitada e minha irmã era acatada. Eva me mostrava alguns testes adolescentes, enquanto Eliza ria das loucura da amiga, quando a porta se abriu e minha Tia Agnes entrou com dois embrulhos grandes de presente. Os gêmeos correram até ela. Todos a amavam, meu pai tinha suas desavenças com ela, mas a adorava. Eu sorria, minha tia ainda continuava a mesma, exceto por algumas rugas em seu rosto que ela não podia ouvir falar, mas seus cabelos continuavam longos e escuro. Desconfio que ela os pinte, mas seria uma afronta falar isso a ela com seus quarenta anos de idades.

- Ninguém dar abraço ao melhor Tio do universo? – ouvi a voz do tio Conrado e só então reparei em sua presença. Ele tinha alguns fios branco que não escondiam. Mas seu jeito era o mesmo. Ele continuava com corrida e academia, tinha sua barba por fazer e se vestia como se vestia a dezessete anos atrás. Os gêmeos correram até ele e eu ri. Meus olhos foram para a pessoa ao lado do meu tio que não era esperado. Aliás, havia quase quatro anos que não a via. Hugo.

Com mais músculos que se mostravam marcados pela camisa de manga curta preta e a calça um pouco justa jeans, seus cabelos continuavam em um mel e agora ele tinha pelos pelo rosto. Lhe dava um ar mais velho e maduro. Seus olhos azuis se encontraram aos meus castanhos e estava sério. Diferentemente do meu namorado de quatro anos atrás, ele parecia mais sério. Não falara mais com ele depois daquela noite. Eu recebi mensagens quais ignorei todas e ligações que foram rejeitadas. Após seis meses, não houve mais tentativas de contato, até então.

- Primo. – Eva pulou de surpresa no colo do Hugo, tirando nossa conexão e ele abraçou-a apertado. – Saudade. – Ela disse. Logo Enzo se aproximou e cumprimentou o primo.

- Hugo chegou hoje de Curitiba, queríamos fazer surpresa. – Tia Agnes disse e sabia que era com meus pais. Eu ainda olhava meus primos interagindo com Hugo e senti a mão segurar a minha.

- Você ainda gosta dele, né Yaya? – Minha irmãzinha que reparava em tudo disse e sorri derrotada para ela.

- Estou reparando um cabelo branco em você, Saulo. – Ouvi a voz de Tio Conrado e meu irmão rolava os olhos enquanto fazia um toque de mãos com o Hugo. – Hoje não sou a atração, mas cadê o rango? – Perguntou meu tio.

- Sem fazer vergonha, Conrado. – Meu pai pediu.

- Fala aê, meu Brother. – Tio Conrado foi até meu pai o abraçando e meu pai retribuiu com uma careta. – Isa. – Cumprimentou só com aperto de mãos, meu tio era doido mais ainda tinha amor à vida. – Como podem ver, Hugo voltou. Agora para ficar no Rio. – Ele disse e arregalei os olhos. O pai e a madrasta dele se mudaram de volta para Curitiba com a filha logo que ele viajou, e não sabia que voltariam.

- Seja bem vindo, Hugo. – Minha mãe disse simpática indo até ele e o abraçando. – Está um homem. – Ela elogiou.

- Obrigada, Tia Isabela. – Sua voz rouca estava mais Grossa, diferente de quatro anos.

- Bem vindo, rapaz. – Meu pai bateu em seu ombro e ele fez uma careta.

- Mamãe, eu vou poder viajar com o Sal e a Liza? – Eva perguntou já agarrada a Agnes e ri, agora seria um discursão seus filhos querem ir a viagem.

- Yasmim. – Pulei num susto. Hugo estava ao meu lado e eu não havia reparado sua aproximação. Eu me virei e ele estava centímetros mais alto. Estava paralisada e ele me encarava com olhar sério.

- Hugo. – Disse com voz falha.

- Hugo. – Minha irmã chamou atenção para ela. – Sabia que a Yaya passou no vestibular– Perguntou com um olhar questionado. Minha irmãzinha bancando a protetora, não era de se negar que seria filha do Rafael.

- É mesmo? – Disse ele me olhando.

- Sim, foi a primeira do curso e ainda ganhou um carro novo de presente do meu pai. – Minha irmã disse orgulhosa.

- Acredito, ela é demais. -Seu olhar não abandonava os meus e minhas pernas estavam bambas.

- Sim, o Jonas também acha isso. – Minha irmã falou e oi vi erguer a sobrancelha. Bom, Jonas era meu amigo de faculdade e já havíamos ficado algumas vezes e ele frequentava a minha casa. Ele é três anos mais velho que eu.

- Creio que esse cara seja um sortudo. – Disse ele com uma careta.

- Pessoal, vamos cantar parabéns. – Minha mãe chamou e minha irmã correu.

- Acho que temos que conversar. – Hugo segurou meu pulso enquanto eu me virava.

- Depois, por favor. – Pedi e ele assentiu e então seguimos para a mesa.

Um bolo de três andares tinha como acompanhante cupcake, docinhos e lembrancinhas. Os gêmeos em suas posições e cantamos parabéns. Foi, como sempre, excepcional. Meu pai estava orgulhoso de sua família, minha mãe feliz e eu contente. Ajudei minha mãe e tia a distribuírem o bolo e acompanhantes e pude perceber o Hugo me olhar quando estava com meu pai e tio. Após ajuda-las, fugi para meu quarto, inventando uma dor de cabeça e me tranquei nele, apagando as luzes e me afogando em minha cama, meu refugio. Eu ainda não acreditava em sua volta. Ainda tinha que me preparar para nossa conversa.

*'*

Enfim, começou :)

Sei que havia programado para 15/09, mas a vida anda tão corrida que não consegui. Decidi começar hoje. 

Postarei todos os domingos, se não conseguir, virei na segunda. Espero que gostem. Beijos.

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