Capítulo 04

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Acordei ainda lembrando o desastre da noite passada. Júlia foi expulsa do bar junto ao Léo, porque ambos discutiram e ela agarrou um cara. Ele não gostou e partiu para cima do cara e ela para cima dele. Conclusão, estava cedendo aos encantos do Hugo e fomos interrompidos, quando a mão dele estava por baixo de meus panos, por seguranças trazendo minha amiga e seu antigo ficante. Ela estava um pouco alterada, nítido, Hugo nos trouxe.

Agora eu dirigia rumo a faculdade enquanto ela se maquiava. A ressaca bateu em sua porta, porem ela não se daria o luxo de aparecer destruída na faculdade.

- Ainda não acredito que fui expulsa do bar por causa daquele energúmeno. – Rosnou minha amiga quando paramos em um sinal.

- Você provocou. – Adverti.

- Avá, ele acha que é meu dono. – Reclamou. – Mas estou decepcionada também por atrapalhar o casalzinho de infância. – Fez bico e rolei os olhos.

- Você ajudou, isso sim. – Disse voltando a dirigir. – Iria acabar aceitando ir para algum motel da vida. – Disse com desgosto.

- Ele não te levaria. – Minha amiga disse horrorizada.

- Não sei. – Dei o ombro.

Chegamos na faculdade em cima da hora. Quase perdemos a entrega de alguns resultados das provas, essa seria a última semana do semestre antes das férias e estávamos indo por matéria pendente e resultado. Meu contrato, na firma que faço estágio, acaba essa semana. Acabei cedendo ao meu pai, depois de muita chantagem emocional, assumir um cargo na Villar no setor jurídico.

A matéria daquele dia havia passado. Assim que terminou as aulas, fui para o estágio.

...

- Como andam as coisas entre você e o Hugo? – Essa foi minha tia Agnes perguntando. Havíamos combinado de ir ao shopping após o trabalho. Ela amava compras, aprendi com ela.

- Estamos juntos como amigos, sei lá. – Dei o ombro enquanto media um vestido. – Optei por deixar rolar. – Disse e a olhei. Ela estava me encarando. – O que? – Perguntei.

- Você quase caiu numa depressão depois que esse menino foi embora, e agora estão assim de boa? – Perguntou indignada. – Tudo bem que ele seja sobrinho do Conrado e tudo mais, porem você é como minha filha. Te vi crescer. – A abracei. – Eu sempre estarei em seu lado. – Ela retribuiu.

- Estou confusa em relação a ele. – Confessei. – Não quero facilitar, mas ele também está em todo lugar. – Disse.

- Yaya. – Ela disse e então nos soltamos. – Vocês são jovens, tem uma vida pela frente. Amores vem e vão. – Ela disse em seu modo maduro e sorri.

- Eu sei. – Disse e suspirei. – Vou levar o vestido. – Disse empolgada e ela fez um joinha com os dedos.

- Maravilhoso. – Ela disse contente.

Depois de darmos varias voltas no shopping, e eu ter comprado coisas para mim, meus irmãos e meus pais, lanchamos non burg king que éramos viciadas e decidimos ir embora.

Depois das gordices não havia o porquê de ir na academia. Minha tia, já na faixa dos 40 anos, ainda continua rata de academia. Seu prédio tem uma e ela, com certeza, estaria lá. Acho que esse vício peguei dela.

Assim que cheguei em casa, Saulo jogava vídeo game com Enzo. Com certeza minha tia Agnes não sabia que ele estava ali, já que não comentou. Dei um beijo nos dois e fui para meu quarto com as bolsas. Tomei banho e coloquei um short de pano fino com regata. Penteei meu cabelo e passei meus cremes. Acabando, fui para a cozinha, aonde encontrei minha mãe bebendo água.

PERMANEÇAOnde histórias criam vida. Descubra agora