Capítulo 18

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No domingo, combinei de almoçar com o Marcelo. Na verdade, ele vinha insistindo e ontem sai com minha amiga, Léo e Jonas para um barzinho, e não o chamei. Achei que não faria seu estilo.

Com vestido florido com tule em renda transparente e uma sandália sem salto, cabelo soltos e liso, cm batom clarinho e lápis de olho, fui encontrar o Marcelo. Ele quis me buscar, mas preferi encontra-lo lá.

Meu acompanhante reservou uma mesa no restaurante Bazzar em Ipanema. Já tinha ouvido minha tia e minha mãe falarem desse lugar, mas nunca havia ido. O ambiente era sofisticado e discreto e assim que Marcelo me viu, se levantou com um sorriso e me cumprimentou com um beijo no rosto. Nossa mesa era na ponta e logo sentei, ele fez o mesmo. O garçom se aproximou nos servindo um vinho qual já havia sido solicitado pelo Marcelo e pegou nossos pedidos, logo saindo.

- Isso aqui é incrível, nunca havia vindo. – Disse admirada.

- Também não, eu pesquisei e encontrei numa matéria de uma revista. – Admitiu de lado. – Sugestões para o primeiro encontro. – Sua voz foi baixa e rouca e corei. – Não disse, mas está linda! – Elogiou e o olhei.

- Obrigada, posso dizer o mesmo de você. – Disse o olhando com um short jeans cargo azul com uma camisa polo preta. – Mas você sempre é. – Dei o ombro e ele gargalhou. – Na real, realmente você está diferente. – Disse e ele assentiu sério.

- Estou me permitindo ser feliz, Yasmim. Sem medo. – Seus olhos estavam nos meus e senti sua sinceridade.

Nosso assunto logo foi para minha formação e ele se demostrou feliz pela minha conquista. Nossos pratos chegaram e realmente era maravilhosa a comida daquele lugar. Comemos entre conversas e risos e descobrimos coisas peculiares um sobre o outro. No final, nosso encontro, foi incrível. Ele me chamou para andar pela Orla da praia, qual estava cheia no dia de verão.

- Sou carioca da gema, mas raramente ando pelo rio. Minha vida é casa e Villar, Villar e casa. – Ele disse olhando adiante.

- E encontrinhos. – Brinquei empurrando seu ombro e ele rio, passando o braço por cima do meu ombro e beijando minha cabeça enquanto andávamos.

- Nem tantos, princesa. – Arregalei os olhos com o elogio. – Não sou baladeiro e nem namoradeiro. – Disse certo. – Sou antiquado, pode parecer absurdo, mas sou fiel aos meus sentimentos, talvez por isso tenha levado tanta porrada. – Disse e eu concordei assentindo.

- Também. – Disse sincera.

- Talvez esse seja nosso erro, ou as peças nos completam. – Ele disse parando e me virando para ele. Abraçou minha cintura e me puxou para seu corpo. – Depois que me dei a oportunidade de te conhecer melhor, estou vendo a mulher incrível atrás de uma excelente profissional. Pode ser assustador, mas depois de nossas conversas por mensagem, ou vídeos, acho que estou me apaixonando. – Suas voz estava tão perto e logo seus lábios me tomaram. Um beijo lento, calmo e suave. Ele conduzia e parecia não existi mais nada em nossa volta. Encerramos o beijo com o barulho de pedestres jogando piadinhas. – Hein, demos um show. – Brincou me abraçando e gargalhei.

Andamos mais um pouco e depois ele me levou ate meu carro. Nos despedimos com um beijo mais intenso e eu fui embora. Sendo sincera comigo mesma, eu nunca havia tido um encontro incrível assim, ou talvez eu nunca tenha tido.

- Chefe está feliz hoje. – Caio comentou quando sentei em minha cadeira.

- É mesmo? -Fingi interesse.

- Sim, deu bom dia a todos, não reclamou de nada e ainda está com um largo sorriso. – Disse incrédulo.

- Devemos comemorar? – Perguntei divertida.

PERMANEÇAOnde histórias criam vida. Descubra agora