Capítulo 14

65 10 7
                                    

- Eu ainda não acredito nisso. – Minha Tia Agnes resmungou. Eu e minha mãe estávamos em sua casa a visitando. Tio Conrado foi firme em mantê-la de repouso. – Um simples jantar para comemorar seu aniversário? Sorte a sua que meu marido incorporou seu pai, ao contrário, estava organizando um festão. – Disse e eu sabia que sim.

- E como anda o bebê? – Minha mãe perguntou.

- Que nem um atleta, me deixa exausta. – Minha Tia bufou. – E eu ainda não acredito que serei avó. Nós seremos avós, tem noção Isa? – Minha mãe assentiu e ri.

- Quem diria. – Minha mãe disse suspirando, tomando um gole de seu chá.

- Verdade, nossos filhos namorando, fazendo filhos na adolescência e a gente jovem ainda. – Tia Agnes fazia uma careta. – Somos jovens, né? Até porque eu ainda não fiz nenhuma plástica. – Afirmou convicta.

- Tú es um mulherão. – Disse e ela sorri.

- Por isso é minha sobrinha favorita. – Disse ela sorrindo.

- Agnes, pare com isso! – Minha mãe a advertiu. – Saulo e Eliza te adoram. – Minha mãe disse ofendida.

- E eu a eles. São meus gêmeos preferidos. – Piscou para minha mãe e rimos todas.

Já faltava uma semana para meu aniversário e decidi que seria bem intimo mesmo, só minha família e amigos bem próximos. Seria um jantar em minha casa e meu pai estava feliz pela minha decisão. Eu faria no sábado, e Júlia me tentava para irmos a uma boate após, mas não estava querendo. Não ainda.

Voltava do almoço, após mandar o ultimo convite pelo whatsapp, quando encontro meu ex namorado com a sobrinha da minha chefe Paula, eles pareciam bem íntimos e então lembrei da conversa das duas próximo ao elevador.

- Boa tarde! – Disse quando passava por eles e a Polyana respondeu alegre. Enquanto Hugo me encarou. Fui rumo a minha mesa.

- A sobrinha da chefe vive aqui agora. – Cochichou o Caio . – Aliás, estou confirmadíssimo no seu jantar. – Disse e assenti com um sorriso, quando olhei a minha frente, Hugo estava parado nos encarando.

- Posso falar com você? – Recuei e ele percebeu. – Será rápido. – Suspirando, levantei e o segui até a sala de descanso aonde tinha apenas duas pessoas.

Num sofá mais afastado, ele se sentou e me sentei ao seu lado, com uma certa distância.

- Não recebi convite do seu jantar. – Começou me olhando, como se analisasse minha reação.

- Não imaginei que quisesse ir. – Disse sincera.

- Claro que iria querer. – Disse ofendido. – Não é porque terminamos que meu sentimento acabou. – Disse ainda ano mesmo tom.

- Percebo isso. – Disse uma careta.

- Yasmim, essas garotas não significam nada. – Disse pausadamente, como se explicasse para uma criança. – É você que eu amo. – Afirmou.

- Por favor, me poupe dessa ladainha. – Pedi e ele arregalou os olhos. – Já conhecemos essa história. Se quiser ir no jantar, sinta-se à vontade. Afinal, você é da família, - Disse me levantando e saindo. Assim que abri a porta a Polyana estava com a mão esticada para abri. Seu sorriso alargou para o Hugo.

- Achei, amor! – Sai dali e voltei a minha mesa, engolindo todo sentimento que vinha como tempestade em mim.

- E como anda o bebê? – Perguntei a minha irmã, enquanto comprávamos algumas coisas para meu aniversário no shopping.

PERMANEÇAOnde histórias criam vida. Descubra agora