Capítulo 12

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Segunda-feira começou com surpresas no trabalho. Marcelo havia ido para Curitiba, numa troca com a diretora de lá. Era tipo um intercambio. Pelo o que Caio disse, ele e a noiva terminaram para valer, com direito a uma briga feia.

A nova chefe fez uma reunião as dez da manhã. Parecia bem rígida. Era sucinta nas suas falas. Ela deixou claro que estava ali para fazer seu trabalho e esperava que todos fizessem os seus. Caio, sempre por dentro de todas informações, disse que a nova chefe tinha má fama em Curitiba.

O dia passou rápido, eu tinha aula cedo então adiantei tudo e fui para faculdade.

A semana correu, na sexta-feira, quando ia para faculdade que teria apenas uma aula, minha mãe avisou que meus tios convocaram um jantar em nossa casa com algo importante a dizer. Assim que sai da faculdade, fui para casa ansiosa.

Cheguei, estavam todos conversando na sala, logo fomos para a mesa. Minha tia estava tagarela, havia acabado de voltar de sua mais uma lua de mel. Já esqueci quantos ela já tirou. Estava com a pele bronzeada, meu tio brincalhão. Eva estava falante, como sempre. Enzo parecia nervoso. Meu pai dava ouvidos a Tio Conrado e minha mãe olhava tudo sorridente. Saulo parecia entediado e Eliza nervosa. Logo alguém bateu na taça e olhamos. Era Enzo. Ele estava branco, era engraçado. Meu pai ergueu a sobrancelha e meu irmão parecia agora interessado.

- Eu pedi para meus pais marcarem esse jantar porque queria fazer um pedido. – Ouvi meu pai rosnar e minha mãe o olhar feio. – Com todo respeito que eu tenho por você e sua família, tio Rafael, eu venho pedir encarecidamente a mão da Eliza em namoro. – Enzo se levantou e vi o rosto do meu pai vermelho. Enzo se ajoelhou enfrente a minha irmã e abriu uma caixinha. Estava boquiaberta. – Aceita namorar comigo, Eliza? – Pediu.

- O pedido era a mim? – Meu pai disse confuso.

- Rafael! – Minha mãe advertiu e ele a olhou ofendido, mas voltou a fuzilar o Enzo. Minha irmã olhou meus pais, minha mãe assentiu com um sorriso carinhoso.

- Aceito. – Sua voz era falha e cheia de emoção. Ele colocou o anel no dedo dela e a abraçou soltando um suspiro.

- Mas um casal entre famílias. – Tio Conrado, como sempre, buscando descontrair.

- Cala sua boca. – Meu pai disse. – Minha filha nem namora mais seu sobrinho. – Rosnou.

- Por enquanto. – Tio Conrado era bobo, ainda continuou.

O resto do jantar foi com umas indiretas do meu pai para Enzo que agora estava tranquilo. Foi Tia Agnes o olhando feio, meu pai sempre ignorava. Saulo parecia meio chateado com o namoro, ele esperava que meu pai fizesse algo. Ele e Eliza, por serem gêmeos, eram muito apegados. Tio Conrado tentava sempre ser o doido e conseguia.

O dia terminou com minha irmã mais nova namorando, meu pai com mais uns fios brancos e todos satisfeitos.

No sábado, passei o dia dedicando-se minha monografia. Almocei com minha família. À noite, fui convocada por minha amiga para sair e aceitei, precisava de uma distração.

Encontrei Júlia, Léo, Jonas e sua garota gringa. Ela é linda. Branca como a neve, cabelos negros e com um corpaço tipo Kylie Jenner. Muito simpática a Savana, se enturmou fácil. Descobri que ela fazia balé e era quase uma dançarina brasileira, dando um show. Dançamos juntas e bebíamos. Estava feliz, apenas eu só e meus amigos acompanhado.

Fomos ao banheiro, eu e Júlia e minha amiga ainda tinha a energia toda do mundo. Tagarelava e ria. Saímos, vi no outro lado do camarote, Hugo numa parte afastada com uma morena. Ela ria e seu rosto virou em nossa direção. Era Carol. Hugo falava algo, puxando pela mão e ela ria, o beijo foi inevitável.

PERMANEÇAOnde histórias criam vida. Descubra agora