1° Livro Royal Lovers - A Bebé Segredo

Capítulo 1

POV *Yara*

Olhei para a pequena bebé na minha frente, que exibia um sorriso lindo e doce, enquanto eu a vestia. A minha pequena Matilda, que hoje, celebrava os seus três aninhos. Três aninhos que nascera. Os três anos mais felizes da minha vida. Lembro-me ainda da noite em que entrei em trabalho de parto. Leonor levou-me às pressas para o hospital. Rio-me só de me lembrar da reação da minha irmã. Eu tentando aguentar as dores e a minha irmã aflita correndo para todos os lados. Até parecia que era ela que estava prestes a dar à luz.

As dores que senti nesse dia, eram dores insuportáveis, mas no momento em que puseram a minha menina, um ser tão pequenino, doce e vermelhinho,l nos meus braços, senti que aquela bebé, valera todos os altos e baixos que passara. Nada se comparava ao sentimento de ser mãe. Nada se comparava à alegria que senti ao ver, pela primeira vez, a minha doce Matilda.

Não me imaginara a ser mãe aos vinte anos de idade, mas seguindo o meu coração, que já se apaixonara pela vida inocente que crescia dentro de mim, aceitei o desafio.

Os meus pais, expulsaram-me de casa, ao descobrirem a minha gravidez. O motivo não foi a gravidez, mas sim o facto de a criança não ter pai, como eu costumo dizer. Sem sequer se importarem comigo ou com a minha barriga que crescia a cada dia que passava, os meus pais puseram-me na rua, sem qualquer ressentimento. Gritei tanto de sofrimento nesse dia, até ficar sem voz. Era apenas eu e a minha barriga volumosa, de apenas três meses e meio. Pelo menos, foi o que pensei nesse momento. A minha irmã Leonor, procurou por mim nessa noite e quando me encontrou, a caminhar sozinha na rua, carregando apenas uma mala preta, pequena de viagem, parou o carro à minha frente e praticamente forcou-me a entrar no veículo, levando-me para o apartamento dela, sempre atendendo a todas as minhas necessidades de grávida. Arranjou-me até um trabalho num supermercado. Consegui juntar uma pequena quantia de dinheiro. O suficiente para mim e para o sustento da minha filha.

Matilda herdara o meu sorriso, encantador, como costumavam dizer e, os mesmos caracóis loiros acastanhados que eu tinha quando era ainda criança. Olhar para a Matilda, era o mesmo que olhar para uma foto minha com a idade dela. A mesma carinha reguila. Já do pai, herdara os olhos azuis turquesa, amendoados.

Mal me lembro do rosto dele. Lembro-me da noite em que o conheci. Foi numas férias que fiz com a minha irmã, Leonor, ao Reino Unido e, fomos a uma festa. Bebi demasiado nessa festa e acabei por dormir com ele. Um homem lindo de olhos azui turquesa e cabelos castanhos claros. Não me lembro bem do nome dele, mas o nome Alexander não me sai da cabeça. Acredito que se ele passasse ao meu lado, agora, eu nem o reconheceria. As chances disso acontecer, também são uma em um milhão. Ele está no Reino Unido e eu em Portugal. Talvez as chances até fossem zero em um milhão. Melhor assim. Prefiro que ele nunca saiba da existência da Matilda. Imagino se ele soubesse. Provavelmente iria tentar tirar a minha menina de mim. Tudo menos isso. Não consigo maginar ver a Matilda sendo arrancada de mim.

- Pronto, minha pequenina. A minha princesa ja está prontinha para o passeio. - Falei, ajeitando o vestido branco, com flores púrpuras, com que vesti a menina loirinha. Peguei numa bandelete branca e rosa choque e coloquei na cabecinha, ajeitando também os caracóis loiros dela. Depositei um beijo de leve na testa dela e peguei-a ao colo. Matilda entrelaçou os bracinhos à volda do meu pescoço e brincou com o meu fio de ouro.

- Que linda que a minha pequena sobrinha está. Uma autêntica princesinha. - Leonor, entrou no quarto e caminhou até nós. Entreguei-lhe Matilda, que estendia os braços na direção da tia. - Chegas-me a chupeta dela? - Assenti e peguei a chupeta lilás, da mesinha de cabeceira, entregando-a a Leonor, que a pós na boca de Matilda. Matilda sugou e mordeu a chupeta, sorrindo. - Os dentinhos já estão a crescer, não é meu amor?