POV *Alexander*
A minha irmã mais nova, Diane, estava na minha frente, com duas malas de viagem feitas, esperando uma reação minha. Anda não acredito que ela teve a estupida ideia de fugir do noivado arranjado pelo meu pai. Já não bastava ter de aturar as loucuras da minha cunhada, agora também tinha de levar com as loucuras da minha irmã.
- Diane, eu não te vou deixar fugir assim.
- Alex, eu não estou a pedir opiniões tuas quanto à minha fuga, muito menos autorização. Se não me apanhasses a fugir, só irias saber quando todos desses por minha falta. E tenho a certeza de que só daqui a uns dias é que isso iria acontecer.
- Diane, estás a exagerar. Fugir por causa de um casamento arranjado?
- Um casamento arranjado com um homem que não conheço de lado nenhum. O nosso pai pensa que pode fazer tudo o que lhe apetecesse, dando ordens estúpidas. É que nem morta eu vou me casar com o tal de Julius. Principalmente depois de eu descobrir que ele é dez anos mais velho que eu! Eu ainda nem dezasseis anos fiz!
- Por isso mesmo. Tens quinze anos. Vais fugir para onde?
- Isso não é problema. Já arranjei onde ficar.
- Posso saber onde?
- Não. A minha intenção é fugir para não ser encontrada.
- Podemos tentar falar com o pai.
- Tu podes tentar falar com ele, depois de eu estar a milhas de distância daqui. As minhas palavras não mudaram a decisão dele.
- Eu falo sozinho com ele, mas não quero que fujas enquanto eu tento acabar com esse noivado.
- Está bem. Eu vou esperar aqui. - Foi muito fácil para o meu gosto. A Diane não costuma facilitar nada de nada.
- Como sei que não vais fugir, mal eu saia daqui?
- Eu prometo que não vou fugir, mas se o noivado continuar, aí a história é outra. - Assenti, ainda desconfiado e caminhei até à sala real do rei, que agora pertence a mim, mas onde o meu pai ainda ajuda em alguns assuntos da realeza.
Entrei na sala, encontrando o meu pai a revirar alguns papéis, levantou a cabeça apenas para ver quem tinha entrado e no mesmo instante voltou novamente toda a sua atenção para o monte de folhas. Sentei-me na cadeira, em frente a ele e esperei ele acabar de carimbar a folha que acabara de assinar.
- Tenho um assunto importante para discutir consigo, alteza. - Comecei, interrompendo-o, no momento que ia começar assinar outra folha. Suspirando, o antigo rei pousou a caneta em cima da mesa e esperou as minhas próximas palavras. -É sobre o noivado que o senhor arranjou para a Diane.
- O que eu tinha a dizer desse assunto, já o disse à sua irmã.
- A Diane é contra esse noivado.
- Não há nada que me faça mudar de decisão, Alexander.
- A minha irmã quer fugir.
- Ela não vai muito longe. Não me preocupo com as tentativas de fuga da sua irmã Diane.
- O senhor mal conhece a Diane e ela é sua filha. Eu acredito que é possível ela fugir e desaparecer por bastante tempo.- Alexander, todos os meus filhos homens, são desilusões para mim. Devia apoiar a minha decisão. Eu quero tentar pelo menos levar as minhas filhas pelo caminho correcto.
- Forçar a Diane a casar contra vontade, com um homem muito mais velho que ela, não é o caminho certo, meu pai.
- O Julius é filho de um conde muito importante, que quer unir as nossas famílias. Essa união vai trazer muitos benefícios para a realeza.
- Continua a não ser o caminho certo para a minha irmã.
- Alexander, devia de se contentar por ser o atual rei mesmo tendo-se casado com uma plebéia. Foi uma desilusão quando soube da segunda criança que está a caminho. Eu tinha toda a minha confiança depositada em si, mas assim como o seu irmão mais velho, o menino desiludiu-me. Agradeça à sua mãe por ainda aqui estar e por ter-se tornado o rei. Por minha vontade, essa plebéia com quem se casou, já estaria bem longe daqui assim como a criança que veio com ela.
- A Yara é a minha esposa. Aceite isso. E a Matilda é a minha filha e sua neta.
- A minha única neta, é a Gisele. Filha da sua irmã Kristine, que se encontra bem casada ao contrário dos meus dois filhos mais velhos.
- O senhor não tem coração?
- Alexander, embora eu já não seja o rei, não admito criticas da sua parte. Agora, se não se importa, tenho muitos papeis por assinar. Esta discussão acabou.
- Como queira. - Levantei-me da cadeira e parei antes de sair. - Quando todos os seus filhos lhe tiverem virado as costas, o senhor vai dar importancia a esta conversa. - Sem esperar uma reação do homem que deveria agir como meu pai, sai, fechando a porta.
Ao chegar ao salão onde Diane ficou aguardando pelo fim da minha conversa com o antigo rei, deparei-me com o salão vazio.
- Diane? - Quando ia para chamar o nome dela novamente, encontrei uma folha rabiscada, presa num dos candeeiros de vidro creme.
* Desculpa-me maninho, mas sei muito bem o homem que é o nosso pai. Eu sei que prometi não fugir, mas não tive escolha. Vou dando noticias. Obrigada na mesma por tentares acabar com o destino que o pai traçou para mim. Lado positivo : Não vais ter de me aturar durante um bom tempo.
Beijinhos e abraços da tua maninha Diane que te ama muito. *
VOCÊ ESTÁ LENDO
1° Livro Royal Lovers - A Bebé Segredo
RomanceYara nem desconfiara que a sua filha poderia ser filha do príncipe mais cobiçado do Reino Unido. Passara apenas uma noite com ele em uma grande festa e ficara de tal maneira bêbada que mal se lembrava do que fizera. Ao ver uma noticia na televisão...