Não Contar o quê a Quem?

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E, claro, bateram-me de novo. A campainha tocou. Tinha uma marca vermelha no pescoço.
Fui de volta para a sala e sentei-me no meu lugar. Tive a última aula. Mal a campainha tocou, arrumei as minhas coisas e saí a correr da escola. Felizmente, não me conseguiram apanhar. Fui andando para casa, cabisbaixa. Quando cheguei, bati à porta, já que eu não tinha chaves. Quem abriu, foi o Jeff. Eu estava com a cabeça baixa, para não notarem o corte que tinha na bochecha.
- Oi, mana!
- Oi...
- Aconteceu alguma coisa?
- Não...- continuei com a cabeça baixa, entrei e coloquei a minha mochila no chão.
- Mas estás tão cabisbaixa... Podes ao menos olhar para mim?
- Não.
- Porque não?- ele parecia começar a ficar irritado. Veio até mim, e levantou-me a cabeça. Ele ficou surpreso com o corte e a marca no pescoço.- Quem te fez isto?
- Não foi ninguém, eu fui contra uma árvore.
- Mana, tu não me mintas!
- Está bem... Foi um grupo, mas não sei quem são!
- Tenho de ir contar ao Slender, ele resolve isso.
- Não! Por favor, não lhe contes!!
Do nada, a porta abre-se e o Slender entra.
- Não contar o quê a quem?- ele perguntou.
- P... Pai...- gaguejei eu.
- Olá filha, desculpa ter chegado depois de ti, mas é que aconteceu um problema no trabalho, mas já está tudo bem... Agora... Não contar o quê a quem?
- Mana, mostra-lhe!- o Jeff ordenou.
Fui para perto do meu pai e olhei para a cara dele.
- O que é que aconteceu?
- Bateram-lhe.- disse Jeff, como se não fosse nada. Baixei a cabeça.
- Amanhã vou falar com a diretora.
- Não, pai, por favor!
- Porque não?
- Porque eles podem bater-me mais.
- Está bem, mas se isso voltar a acontecer, telefona-me.
- M... Mas eu não tenho telemóvel.
- Tens um aqui.- ele entregou-me uma caixa retangular- Ia dar-to no Natal... Mas estou a ver que estavas mesmo a precisar. Além disso, tens rede na floresta, comprei um cartão SIM que a maioria dos creepypastas têm, por isso tens rede em qualquer lugar.
- Obrigada!- eu abracei-o.
- Ah, e já tens aí o número de todos os creepypastas que têm telemóvel.
- Muito obrigada mesmo!
- Vá, vai fazer os trabalhos e depois configuramos o que falta, ok?
- Está bem.- eu sorri.
- Criança, podes ajudar a criancinha.- disse, referindo-se ao Jeff.
- Claro, gosto de ajudar a minha irmã.- e despenteou-me.
- Vá, vão lá, que eu vou fazer o almoço.
- Está bem.- respodemos em coro.

Oiiiiiiii terroristas!!! Acham que este presente do Slender vai ajudar a Sofia? Vou responder-vos no próx cap.
Um beijo pro 6 e xau!
Sweet dreams💋

A Suicída e os CreepypastasOnde histórias criam vida. Descubra agora