Suzy A Adotada. (Não Revisada)

SEIS - PERDIDA?

Enquanto ela estava fazendo suspense as meninas estavam de dedos cruzados e algumas estavam se abraçando.

Eu imaginei que seriam as mais novas, eu ja tinha 15 era um caso perdido juntamente com Johanna, Rose e Beta, que também tinham 15. Segundo a diretora os casais nunca nos adoraríamos por termos mais de 13 anos, e eu também achava isso, até aquele momento.

— Johanna e Suzy — disse sorrindo e batendo palminhas.

Arregalei os olhos e fiquei paralisada.
Naquele momento todo o meu futuro tinha mudado, minha vida não seria mais como imaginei, principalmente por agora Johanna ser minha irmã.

Johanna ficou muito feliz enquanto o casal a olhava mas quando eles olharam pra mim ela me olhou com um olhar mortal.

Então a mulher continuou dizendo:
— Nós vamos viajar para o Reino Unido hoje é voltaremos semana que vem e buscaremos vocês aqui

Johanna sorriu e assentiu, eu apenas continuei com a mesma cara de quando ela disse meu nome olhando para a parede que estava a minha frente.
Depois disso eles foram embora e as meninas se retiravam da sala aos poucos, algumas choravam e as outras estavam me olhando com raiva.

Johanna passou por mim e antes de sair sussurrou no meu ouvido:
— Agora seremos irmãozinhas, que ótimo não?— disse com sarcasmo.

Eu à olhei e ela sorriu e saiu.
Que merda estava acontecendo?

Depois de uma semana suportando as piadinhas das garotas sobre mim finalmente faltava apenas um dia pra ir embora, então decidi ir na casa do meu tio conversar com ele.
Já havia muito tempo que eu não falava com ele, ele ja não ia sempre no orfanato me ver depois da conversa secreta que ele teve com a diretora, eu queria muito saber o que ela havia dito a ele mas ele não quis me dizer.

Para ir ver ele eu fogo durante aquela noite fria de sexta-feira, pulei o muro de andei tranquilamente pelas ruas daquela cidade, sempre que eu queria sair para respirar eu fugia, ninguém daquele lugar ligava, apenas a cozinheira ela tinha medo de me fazerem algum mal, mas aquele lugar era bem tranquilo e eu nunca tinha ouvido falar de algum sequestro, assalto ou estupro.

Enquanto eu andava senti a impressão de que alguém estava me seguindo parei e olhei disfarçadamente para trás e não vi ninguém, então continuei a andar, só que dessa vez mais rápido, olhei novamente para trás sem parar de andar e tinha um homem alto com roupas pretas, então corri o mais rápido que pude ate perceber que eu havia me perdido.
E agora o que eu faria? Eu iria ser morta e meus órgãos seriam vendidos em uma Kombi no Paraguai, eu amava meu rim isso não poderia acontecer, então eu gritei por socorro enquanto corria, vi um bar com apenas dois homens corri ate eles chorando e gritando.

— Eu menininha calma! O que foi?— um homem alto e bonito me perguntou preocupado.

— T-t-tem um homem me seguindo!! — disse gritando e chorando desesperadamente.

— Vamos entrar você vai estar segura aqui— disse um homem moreno e mais baixo.

Quando eu ia entrar nos fundos do bar percebi que eles estavam armados e havia mais armas la dentro, então eu congelei olhei para eles e quando um deles ia me perguntar o que eu tinha eu corri o mais rápido que pude pelas ruas escuras, olhei parra trás o mais alto tinha saído mas não correu atrás de mim.
Parei um pouco para pegar folego e olhei em volta e não tinha ninguém na rua, nem casas, era uma estrada de terra, de um lado tinha mato e do outro uma montanha, eu estava ferrada, mas não podia voltar se não iria me deparar com aqueles homens, então continuei andando sem rumo.

Quando eu não conseguia me manter de pé eu avistei um posto, usei o resto das minhas forças pra chegar lá e quando eu cheguei estava vazio, eu ja não tinha mais esperanças, não seria mais adotada, agora tudo mudou de novo.

Depois de horas ali morrendo de fome e sede eu ouvi um barulho, era um caminhão, corri para a rodovia e fiz um sinal, pude ver que havia um senhor la dentro ele me olhou mas não parou e quando atropelou meu pé.

Já estava escuro e eu ja havia desistido, eu iria morrer ali. Enquanto eu dormia tive sonhos horríveis com aqueles homens. Acordei ao ouvir uma voz, será que tudo aquilo era um sonho e estavam me acordando em algum lugar do orfanato?

Fim do capítulo 6