Suzy A Adotada. (Não Revisada)

TREZE - PAI E MÃE

Quando cheguei em casa fiquei até tarde fazendo aquele trabalho, Mary me ajudou bastante mas algumas coisas eu não consegui fazer então decidi ir ao quarto de Johanna ver se ela tinha conseguido fazer.

Quando entrei lá me deparei com Johanna beijando o par do trabalho dela, logo fechei a porta assustada e corri até meu quarto e mary me olhou assustada e perguntou:

— Você está bem senhorita Suzy?

— E-estou, eu realmente acho que vou me acostumar a ver isso então, não se preocupe com minha reação.

— Como assim? O que aconteceu?

— Acho que não posso contar - me sentei no chão.

— Bom, se quiser ajuda pode contar comigo para o que precisar - ela deu um sorriso doce e logo saiu do quarto.

— Johanna é assim e eu tenho que me acostumar... - sussurei para mim mesma.

Desci para o jantar, eu ainda não tinha me acostumado com aquele luxo todo, as cadeiras aconchegantes, a luminária feita de diamantes, o vaso de flores de ouro, os mordomos e as criadas que me rodeavam fazendo tudo por mim.

Ju e Francisco ja estavam na mesa quando cheguei eles sorriram para mim e Francisco perguntou:

— Você está gostando da sua nova vida?

— E-estou senhor - sorri e abaixei a cabeça.

— Já fez amigos? - Ju perguntou curiosa.

— Ér... isso é um pouco difícil de se dizer senhora...

— Tudo bem, eu sei que deve ser difícil para você fazer novos amigos, e não nos chame de senhor e senhora, nos chame de pai e mãe, se você se sentir a vontade claro.

— Ok... mãe.

Depois de me contarem um pouco sobre como tem sido cansativo o trabalho deles Ju perguntou:

— A Johanna não vêm?

— Senhora não sei se ela jantará agora, ela está ocupada no quarto. - A criada ao lado dela respondeu.

— Filha, sabe o que ela está fazendo? - Ju me perguntou.

Nessa hora várias coisas passaram pela minha mente, será que eu deveria contar o que eu havia visto? Ou eu deveria proteger a Johanna? Dizer "não sei" era uma opção? E ainda tinha outra coisa, ela tinha me chamado de... filha!

Eu não fazia ideia do que fazer então comecei a chorar, as lágrimas desciam do meu rosto eu não tinha o controle disso.

— Meu Deus, filha, por que está chorando? - Francisco perguntou e se levantou indo ate mim.

— É que... - chorei mais ainda.

— Nos diga filha! Não importa o quão ruim for eu vou sempre te amar - Ju insistiu.

— Vocês estão me chamando de filha, e isso é tão bom e estranho, me desculpa por chorar - disse limpando minhas lágrimas.

— Minha nossa senhora - Ju pôs a mão no peito e se sentou ao meu lado — pensei que era algo ruim. Meu amor, você e nossa filha agora, e tudo bem chorar, sei que é algo novo e repentino mas você vai ter q se acostumar porque eu vou te paparicar muito filinha. - ela sorriu e me abraçou, eu estava me sentindo amada e aquilo era tão bom.

— Ju vou ver a Johanna la em cima. - Francisco disse saindo do lugar.

— Pai! A Johanna está fazendo um trabalho. Pode deixar que eu vou chamar ela. - encobrir ela era parte de ser irmã dela, então achei certo ir até la e evitar que ele visse alguma coisa.

Subi as escadas e bati na porta, não obtive resposta então abri e Johanna estava sozinha lá dentro.

— Johanna? Tudo bem? - perguntei preocupada.

— O que você quer? - disse de um jeito grosso

— Papai está te chamando para o jantar.

— Papai? Suzy, me poupe, você mal chegou aqui e já esta chamando o Francisco de papai - ela riu.

— O que está dizendo?

— Você acha que eles vão ficar com a gente pra sempre? Sabe por que eu tive várias famílias? Porque eles só querem experimentar como é ter uma filha, se eles não gostarem de você, você volta, e sabe do que eles gostam? Eles gostam de crianças super educadas e inteligentes, quando nós fizermos a primeira prova eles vão olhar a nossa nota, e se não for boa você ja sabe. - depois de dizer isso ela saiu bateu seu ombro no meu e foi em direção a cozinha.

Se isso fosse realmente verdade eles estavam mentindo pra mim na mesa de jantar, dizendo que me amavam, eu não acredito que isso possa ser verdade.

Depois de ficar algum tempo pensando eu desci para a cozinha e comi em silêncio.

Fim do capítulo 13.