RENATA
Estava tão determinada num momento como no outro era a rapariga mais indecisa do mundo.–Se ele quisesse falar ele vinha – pensei – são sempre os rapazes a dar o primeiro passo, que raiva!
–Olá!
Ouço outro olá de uma voz de rapaz, estava mesmo à minha beira, como é que não me apercebi. Mas como eu já sabia que aquela não era a voz de Tomé respondei meia que desinteressada.
–Olá.
–Ah, desculpa, apanhei te no meio dos teus pensamentos... Eu pensei em te fazer companhia já que estavas sozinha, mas é melhor sair.
–Não, fica, além disso, estou sozinha e estou.
Assim já tinha a desculpa perfeita para não ter que ir falar com ele.
Acabamos por ficar os dois a falar durante o resto do caminho, o nome dele era Gabriel mas preferia Gaby, jogava futebol, adorava ler e odiava o meu desporto, ténis.
Convidou me a mim e a Maria a passar pela tenda deles para o jantar e eu decidi reconsiderar já que não tinha nada para fazer e duvidava que Tomé se chegasse a frente para alguma coisa. Começava a pensar que ele deveria ser mesmo para esquecer.
TOMÉ
Chegou a hora do jantar e, bem, as minhas suspeitas confirmaram se, o Matos e o Rodrigo ficaram com as raparigas e eu ia ficar sozinho com a Mara.Eu fui começando a grelhar as febras, já que a Mara demorava muito tempo a tomar banho.
Quando, finalmente, chegou as febras estavam a acabar de grelhar.
–Cuidado que ainda as deixas queimar!
–Ahhhh – grito – que susto! Fogo! Eu tava atento, só queria deixa las mesmo no ponto.
–Por esse andar elas ficam ao ponto de ir para o lixo, tira lá isso.
–Sim, capitão – digo fazendo a continência para gozar com a Mara.
–Ah ah ah, eu sei que não és muito fã mas eu trouxe te isto se quiseres – diz Mara mostrando duas cervejas.
–Ah, que se lixe, da cá uma, elas não se bebem sozinhas não é?!
–Esse é o meu menino – ri se Mara chegando a minha beira e apertando o meu nariz de leve. Por alguma razão eu gostava que ela me fizesse aquilo.
–Bem hoje somos só nos, os teus amigos abandonaram te?
–Ah, deixa os estar, eles também merecem.
–E tu, já vi que andas meio estranho, e sempre a olhar para a Renata.
–Quem? – pergunto como se fosse um menino de 10 empolgado por receber o presente de Natal que mais queria!
–Ah! Tu nem sabes o nome dela?! Ahahahah, sim é a Renata e ela é campeã nacional de ténis, caso não saibas.
–Nome bonito eu acho, mas acho que deve ser uma pequeno fetiche, vai passar com o tempo provavelmente.
Continuamos a falar sobre ela a noite toda e quando reparei já eram 2:00 e o silêncio no parque era total, ja deviam estar todos ou quase todos a dormir e a Mara já tinha abusado na bebida.
–Mara, já esta na hora, amanha tens que aturar o pessoal e vais acordar cheia de dores de cabeça.
–Sim, é melhor, sabes? – assenta Mara começando se a aproximar de mim – tu és mesmo o melhor deste campo de férias.
Deu me um abraço bem forte, conseguia sentir o cheiro a cerveja, e pega nas minhas mãos e começa a desce las pelo corpo dela, até parar no rabo.
Eu tirei as de imediato de lá.
–Então Mara? – sussurrei – Ja falamos sobre isto.
De repente sinto o corpo de Mara a desfalecer e quando olho para o lado, em pânico, vejo Renata a olhar para mim com a mão na boca e uma expressão estranha.
E agora? Com uma monitora inconsciente nos braços, logo depois do que ela tentou fazer, e a última rapariga que eu queria desapontar a ver aquilo o q eu ia fazer?!
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Destinos Inseparáveis
RomanceDepois de um início de Verão tranquilo, dois jovens estão prestes a ter uma mudança drástica nas suas vidas, um romance imperdível entre dois jovens que com objetivos de vida diferentes não podem impedir o seu destino.