Capítulo 11

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TOMÉ
Acordei abraçado à Renata, ainda era muito cedo, o Sol ainda estava baixo e era Verão portanto significava que ainda era cedo.

Fiquei a olhar para ela, conseguia ouvir o respirar dela, parecia uma criancinha a dormir. Apercebi me que estava a esboçar um sorriso.

Não queria acordá-la mas tinha que ser, bastou tirar o braço para ela sentir movimento e lentamente abrir os olhos.

–Bom dia, Bela Adormecida – esbocei um sorriso.

–Bom dia, não comeces já de manha.

–Vá, vamos – disse enquanto me ria.

Era sexta feira, este fim de semana não ia para casa, os meus pais tinham sido convidados para um concurso de culinária e ia ter que ficar pelo acampamento.

Passei o dia com os meus amigos. Ia trocando sorrisos com a Renata mas tudo muito discreto. Nem eu nem ela queria mos que se espalha se porque queríamos ter a certeza de tudo antes de tomar qualquer decisão e também ainda tínhamos muito para saber um sobre o outro. Coisas que só o tempo pode resolver.

Hoje ia tomar banho mais cedo, levar em como poderia ocupar o tempo no fim de semana com ninguém.
Tinha estado com Renata mas tudo muito discreto, nem me tinha conseguido despedir em condições dela mas segunda queria ver se estava mais tempo com ela.

Estava a meio do duche, podia estar à vontade porque não havia tanta gente, e um dos monitores que ficava este fim de semana pediu se podia ajudar com os miúdos e eu não recusei mas pedi para ser só de tarde porque estava de rastos.

Estava mesmo de rastos, fiz um jantar leve, e fui direto para a tenda, vesti uns calções e deitei me de barriga para cima e com as mãos atrás da cabeça a pensar.

Tinha conhecido a rapariga q me despertou coisas novas, consegui me dar bem com ela e a sorte estava do meu lado, além disso, os meus amigos de tenda também estavam iguais e tava toda a gente feliz.

Esbocei um sorriso e quis mandar mensagem a Renata, provavelmente só iria responder amanha mas queria falar com ela.

Fui buscar o telemóvel e escrevi

"Hey 😝😚"

Aproveitei para ligar ao meu pai para perguntar como é que tinha corrido a semana.
Ele era muito exigente comigo, eu gostava de ser cozinheiro mas as minhas notas eram suficientes para conseguir um lugar na faculdade no curso que queria.
Terminei a chamada ansioso por uma mensagem da Renata mas nada.

Pousei o telemóvel, sem reparar q horas eram, ao lado do meu ouvido, caso me mandasse mensagem, para poder ouvir.

Acordei com o telemóvel a vibrar, achei que fosse tarde mas ainda eram 23h, tinha ido dormir muito cedo, era mensagem da loirinha, esbocei outro sorriso.

"Olá querido, desculpa a hora mas eu não estive com o telemóvel 😚"

Acabei por adormecer com o telemóvel na mão a pensar na resposta.

Acordei e quando reparei no telemóvel na mão chamei me todos os nomes possíveis!

Não estava preocupado com as horas, era fim de semana, mas apressei me a vestir.

Enquanto ia a caminho da zona do pequeno almoço estava a escrever a mensagem, fui cumprimentado por vários pequenitos que me contagiaram a boa disposição da manhã.

Escrevia e apagava, constantemente. Decidi por:

"Lorinhaaa, bom dia, desculpa, ultimamente ando mesmo cansado adormeci com o telemóvel na mão, não me mates por favor"

Encontrei o monitor que me pediu ajuda e explicou me o que íamos fazer com os pequenos mais logo, depois de me explicar tudo ele foi se sentar com os outros monitores enquanto eu acabava de cozinhar panquecas e preparava um sumo de laranja.

Ainda estava com um pouco de sono e ainda não estava totalmente acordado, dirigi me à mesa onde fico com os rapazes e comecei a comer.

–Para quem estava cansado, ja teve tempo para cozinhar algo delicioso.

–Re... Renata? O q é q estás aqui a fazer – virei me instantaneamente e agarrei a pela cintura puxando a para mim.

Ela empurrou me e tirou me os braços
–Já te disse que à frente das pessoas não, teimoso – falou um pouco zangada.

–Panquecas? – perguntei ignorando o raspanete dela.

Ela sorriu, sentou se ao meu lado e tirou me o prato da frente sorrindo.
Deu duas dentadas sem dizer nada.

–Estas merecem – disse dando me um beijo na bochecha.

Ri me e ofereci lhe o sumo também.

–Queres me deixar gorda – disse ela afastando o prato para mim – então e o que vamos fazer hoje?

–Hoje de tarde não da – disse levantando os braços em defesa – já me pediram para ajudar com os putos, não sabia que estavas por cá.

–Ah, vais me deixar sozinha, sei – disse a fazer se de amuada.

–Eu depois compenso te, logo jantamos, ja estou atrasado – disse levantando me e dando lhe um beijo na cabeça – arruma o prato e o copo por mim por favor.

–E queres que me vista como empregada também?! – falou mais alto, com ironia, a fazer se de díficil.

Virei me para tras mostrei lhe a língua  e, apenas com o movimento dos lábios, disse "adoro te".

Saí já a pensar no que podia sugerir lhe para fazer, estar com ela sem ninguém por perto era mesmo do que precisávamos!

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