Capítulo 10

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RENATA
–Loirinha! Muito elegante de facto, quase que podia dizer que senti um ponto de atração.

Estava atrás de mim mas percebi logo pelo nome que me chamou para perceber quem era.

–Não me chames isso, até parece que somos grandes amigos.

Mas eu gostava que ele me chamasse isso. Quer dizer era uma maneira querida de me chamar e o tom e a maneira como ele dizia percebia se que era com uma boa intenção. Espero q ele perceba o orgulho nas minhas frases.

Logo a seguir a Maria passa à minha frente e faz me um olhar de como "não sejas estúpida!"

–Okay okay eu vejo o que posso fazer, loirinha. Bem, hoje sou eu que faço o comer – falou mais alto para todos ouvirem.

Ouvi uns murmurinhos do Matos e do Rodrigo, estavam a elogia lo não era normal.

–Eu nem te devia deixar de me dar de comer mas eu vou te dar o meu voto de confiança vá.

Sentei me relativamente perto dele, para ser sincera queria olhar e estar perto, mas não acreditava no que estava a ver.

–Pera pera! Como é que tu cozinhas assim?!

–Ahahah, impressionada? A minha mãe e o meu pai são donos de restaurantes, aprendi com os melhores, não é verdade?

–És mesmo parvo! Podias ter dito, nunca me dizes nada sobre ti.

–Cá se fazem cá se pagam loirinha.

–Para! É bom que valha a pena o jantar percebes! Eu não percebo nada disso, o que estás a fazer?

–É o meu prato, não querias que te supreendesse? Então esperas.

–Chato.

Passaram 40 minutos mais ou menos quando ele entregou os pratos a toda a gente, tinha um aroma que me fez querer provar sem hesitar, estava bem empratado e era colorido.

–Força, não é a tua dieta mas eu prometo que vai saber bem.

E, realmente, estava mesmo bom, ele cozinhava muito bem, quando provei não consegui para até ao fim.

–Sim senhor, estou impressionada, com que então também cozinhas, o que tens mais escondido? – disse num tom de gozo.

–Anda comigo, eu mostro te.

Ele pegou me no pulso e começou a correr sem me dar tempo para levantar.

–Tu és cheio de mistérios não és?

–Não é disso que vocês gostam? Anda, vou te mostrar o que tu perdes por não saíres do acampamento.

Caminhamos uns bons 700metros, sempre a subir, e eu não parava de perguntar para onde íamos apesar de obter sempre a mesma resposta "espera".

–Chegámos.

Estávamos em cima de uma colina, havia uma árvore grande, cheia de folhas verdes, e a relva era fofa.

–Finalmente e então o que há aqui?

–Ouve.

–Nada!

–Exato, vá anda senta te e olha para cima.

Eu não acreditava que ele era assim. Não fazia muito o meu estilo mas ele tinha alguma coisa de diferente.

–Aposto que era o teu sítio preferido com a Mara – rio me.

E logo vejo que pareceu magoado.

–Desculpa... Foi impulso.

–Ahahah apanhei te! – disse pondo o braço em volta do meu ombro puxando me para ele.

–Odeio te! Nunca mais te peço desculpa – disse afastando o braço e a fazer cara de amuada.

–Tu também és a minha favorita loirinha, não te preocupes.

Sentamo nos encostados ao tronco da árvore e ficamos lá sentados durante muito tempo, só queria aproveitar o momento.

Acabei por encostar a minha cabeça ao ombro de Tomé e ele pôs o braço por cima do meu ombro puxando me para ele.

Estava a ficar com sono e queria ir dormir.

–Vamos Tomé, já é tarde – disse levantando me.

–Espera!

TOMÉ
Não podia perder esta oportunidade, puxei a para mim e olhei bem nos olhos dela e decidi arriscar.

Foi um beijo lento, longo e romântico.

Não queria que acabasse mas assim que acabei não a larguei, dei lhe um beijo na testa e abracei. Ficamos ali por algum tempo e já estava a ficar frio.

–Agora sim podemos ir loirinha.

–Não – falou baixinho – vamos ficar aqui por favor.

E assim foi, deitamo nos na relva. Ela tinha a cabeça apoiada sobre o meu peito, era reconfortante.

Estava a olhar para a estrelas e senti Renata a respirar fundo. Fui contagiado pelo ambiente pacifico e acabei por adormecer também.

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