Capítulo 12

27 4 0
                                    

TOMÉ
–Amanhã fico a descansar Filipe, os teus putos matam me!

–Na boa – riu se – já foi uma boa ajuda hoje, e amanhã alguns pais vêm busca los.

-Vá, vejo te por aí.

E afastei me em direção à tenda da Renata, lembrei me de apanhar umas flores para fazer uma cena de filmes foleiros.

–Alguém aqui?

–Já cá estás?

–Queria estar um bocadinho contigo antes do jantar, mas é melhor eu ir tomar banho senão não te aproximas de mim nos próximos tempos.

–Vai lá, eu espero por ti onde te encontrei de manhã.

–Até já loirinha! – disse ao afastar me

–Não me chames isso! – ouvi lá no fundo.

RENATA
Ele apareceu numa má altura, tinha vindo do banho, a tenda estava uma desgraça e eu também.

No meio daquela confusão optei por um macacao de ganga com uma t-shirt branca por baixo umas sapatilhas brancas e uma fita preta para o cabelo.

Esperei, supreendentemente, pouco tempo por Tomé

Demos um beijo de leve ja que não estava ninguém, e como eu adorava o cheiro do perfume dele.

–Demoraste pouco, para um desleixado como tu não se esperava outra coisa.

–Depois queixa te, lourinha – disse fazendo questão de salientar a última palavra.

–Tá bem tá bem, vamos?

–Onde? Não estamos bem aqui?

–Estava a pensar em chamar um táxi ou assim e íamos dar uma volta ao shopping ou assim, já que ao fim de semana podemos sair sem stress – sugeri.

–Claro, porque não?

Esperamos pelo táxi mais de vinte minutos, o Tomé queixou se ao taxista, uma discussão hilariante, que durou a viagem toda, mas que valeu de alguma coisa já que ficou por metade do preço.

–Tu és hilariante – disse às gargalhadas depois de sairmos.

–Vamos comer?

Notei frieza nas palavras dele e então apertei lhe a bochecha só com uma mão e disse:

–Não vimos aqui para ficares de trombas!

–Tá bom, tá bom, desculpa, vamos – disse me estendendo o braço.

Esbocei um sorriso e assenti.

Comemos uma pizza que Tomé pagou alegando ser o seu pedido de desculpa.

Passeamos, pelo shopping, a noite toda, até a hora de fechar.

Voltamos a chamar o táxi para nos vir buscar.

Chegamos tarde ao acampamento, e o silêncio havia se instalado, algo que era raro por lá.

–Bem, foi muito bom passar o tempo contigo mas é horinha de ir dormir – disse aproximando me para nos despedirmos.

Dei um beijo rápido mas logo Tomé puxou me e atirou um beijo mais longo e mais intenso, quando me apercebi já não tinha os pés no chão e tinha os braços em volta dos ombros do Tomé. As mãos de Tomé estavam no meu rabo, fazendo força para não me deixar cair mas sem me magoar.

Senti Tomé a caminhar, e a abrir a tenda sem me deixar cair, não perdi a oportunidade de provocar.

–Já deves ter feito isso poucas vezes, sim.

–Cala te – disse deitando me e beijando me o pescoço.

Tinha as mãos na nuca dele e era a primeira vez que ia tão longe com um rapaz e não queria abusar logo na primeira apesar de estar a gostar mais do que esperava.

Sem precisar de muito esforço Tomé percebeu isso e assim que parou deitou se ao meu lado com a cara virada para mim.

Após algum tempo de silêncio e com ele a mexer no meu cabelo disse:

–Desculpa

Ele ignorou, deu me um beijo leve e fechando os olhos abraçou me.

–Descansa – ouvi a voz dele baixinho.

Dei lhe um beijo e fechei os olhos.

A verdade é que fiquei a pensar se deveria ter feito aquilo.

Senti a respiração de Tomé a ficar mais profunda e, de alguma maneira, contagiou me e acabei por adormecer.

Destinos InseparáveisOnde histórias criam vida. Descubra agora