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Capítulo 11

  Ava segura minha mão, olhando para mim com seriedade, sua expressão facial é firme — Me conte calmamente o que você sabe, o que se lembra... Fica assim não Lana, não vai ajudar muito.
  Tento controlar a respiração, parar de tremer as mãos, conter as lágrimas — OK... Eu... É...— respiro fundo e continuo —Eu sei que minha mãe era uma cientista, gostava de descobrir novas coisas, saber o sobrenatural, era o seu vício de vida, o meu pai — dou uma curta risada passando a mão sobre o cabelo — Bem ele tentava o máximo parecer com minha mãe, meio que acompanhar o seu ritmo doido e divertido, ele era um engenheiro de robótica.
—Lembra como eles te deixaram? — Ava passa de espiritualista para psicóloga — Lembra?
  Dou de ombros, não lembro de cause nada que faz sentido —É.... Eu acordei no hospital, minha avó materna estava ela me...— Ava me interrompe levantado rapidamente até a porta, vira-se quanto gritava —AMELIA!! ESTE ERA O NOME DELA? — faço um gesto positivo com a cabeça meia assustada com o seu grito...— Posso continuar?— ela se senta, e fixa os olhos em mim —É.... Ela me contou o que aconteceu, só tinha 8 anos, não sabia de muitas coisas, depois que saí do hospital passei uns anos indo em uma psicóloga, o nome dela era Maria, depois disso continuei com a minha avó, fui estudar, parti para o ensino médio. Lá conheci a Demi, aí teve a faculdade e trabalho... Só isso — Passo a mão sobre a testa respirando fundo —Mas... Sabe aquele vazio, eu sinto como se algo tivesse acontecido, mas cadê as lembranças? Elas sumiram...
—E se a sua psicóloga tem as suas consultas? Você pode saber qual trauma você passou — Ava levanta e se vira para mim — Você não lembra como eles morreram? Assim, você sabe que faleceram, mas não exatamente como aconteceu, certo?
  Balanço a cabeça confirmando e penso que realmente nunca me contariam o que ocorreu naquela noite, tudo em minha mente é tão vazio, não tem nada —Eu lembro que era noite e minha mãe estava muito agitada, nervosa, como se algo ruim fosse acontecer — paro por um momento imaginado como a criatura sabe disso... Até parecer que me conhece, sabe do meu passado...— Mas ela ou ele sabe de algo sobre mim porque fazer esta pergunta? Pergunta como eles morreram...
     Ava colocar a mão sobra a boca com a expressão assustada chegando perto de mim com um pulo — Será ... Será que ela saber? Bem, provavelmente sim! Oh meu Rá!!! Isso está realmente acontecendo?— Ela parece feliz com o meu sofrimento misturando com um grande desespero, fala tão eufórica —Não é que eu estou feliz por tudo isso — Ava sentasse ao meu lado —É que, sabe, isso é tão novo e real, hoje em dia as pessoas não acreditam muito nestas coisas, mas você, ela... Meu DEUS!! São de verdade!!— Ela para por um momento vendo minha cara de “Sério mano? Eu aqui sofrendo e tu se divertindo...”
—Me desculpas Lana... Sério, perdão...— Ela se senta cruzando as pernas e colocando as mãos sobre elas —Recapitulando, vamos atrás da sua psicóloga, Maria rsrsrs posso te ajudar ne?— Ava se ajoelha aos meus pés —POR FAVOR???!!! EU QUERO IR!!!
AI MEUS DEUS!! OK!! — Digo me levantado vendo a Demi chegando com duas sacolas provavelmente com comida.
—Cheguei!! O que rolou?
Ava dar um grande salto —Vamos em busca da Maria!!
Demi franze e a testa, confusa, logo em seguida levantado a sobrancelha do olho direito.
—AH... Ok... Só depois de comer — Ela levanta as duas sacolas e rir ao mesmo tempo.

~continua~

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