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Ela parecia ser daquelas senhoras que tentam se inturmar com os adolescentes. Péssimo.
Vou até o quarto pegando a caixa e levando até o carro, faço o mesmo com as malas.
São Paulo, aí vamos nós.
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Depois de longas três horas no carro sem falar nada enfim avisto a placa: São Paulo 10 km.
Então estávamos lá, pessoas andando de um lado para o outro, lojas e mais lojas, ônibus e muito, mas muito trânsito.
Ela vai dirigindo até uma parte da cidade não muito afastada,porém, não muito favorecida.
Uma típica favela.
O carro entra por uma rua bem movimentada, adultos bebendo cervejas encostados nas calçadas e crianças correndo pela rua. O carro finalmente para em frente a uma casa diferente das demais, dessa vez mais bem cuidada, arrumada e maior.

- Quando eu me mudei para cá e casei eu costumava morar em um apartamento no centro, mas o meu marido se envolveu com jogos, apostas... - Seus olhos lacrimejam ao tocar no assunto - Eu me separei dele, perdemos tudo, aluguei uma casa e com o tempo juntei dinheiro para comprar outra, não é um lugar muito bom, mas é meu lar agora, seu lar.

Saio do carro sem falar nada e espero ela guarda-lo na garagem, consigo notar o olhar de algumas pessoas em mim.
Ela pega a caixa e eu as malas, entramos e passamos por uma sala, corredor e paramos em frente uma porta aparentemente de carvalho escuro.

- Este é o seu quarto - Diz com um sorriso amigável enquanto coloca a caixa no piso de madeira - Vou deixa-la a vontade.

- Obrigado - Falo sincera e ela sai.

Abro a porta e me deparo com um quarto simples,mas bem arrumado.
Uma cama de solteiro box se encontra ao lado de uma janela do mesmo material que a porta, ao lado um criado mudo. Um guarda-roupa na parede ao lado, em frente uma mesa provavelmente de estudos com um notebook e um bilhete em cima. Uma latinha de lixo ao lado, preta. As paredes eram em um tom cinza perolado e os móveis ocilavam um tom de cinza também.
Me dirijo até o bilhete deixado e o abro cuidadosamente.

Sei que seu aniversário passou no mês passado, mas queria deixar um presente. Conte como presente de boas vindas também :)

Relmente estava precisando de um computador, penso em ir agradece-la, mas primeiro vou arrumar as minhas coisas.
Começo deixando a caixa de lado, depois abro as malas e vou retirando as coisas e colocando no guarda roupas.
Depois de tudo pronto me lembro do computador e vou agradece-la.
Saio do quarto notando algum barulho vindo da parte de trás, sigo em frente e me deparo com ela mexendo em alguma massa na bancada da pia.

- Licença... - peço.

- Mackenzie! - Diz surpresa - Estava fazendo um bolo para você, é de laranja. Espero que não tenha errado na escolha do sabor.

- O cheiro parece ótimo - Digo tentando ser amigável - Mas eu vim aqui para agradecer pelo computador, não precisava.

- Ah, sim - Diz - Claro que precisava!

- Sim, obrigada de qualquer jeito - Digo - Acho que vou tomar um banho.

Aqui se inicia uma nova jornada, uma nova vida, uma nova rotina.

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É isso, eu sei que demorei. Foram dias agitado para mim.
Eu não estou com tanta inspiração, acho que pelo fato de ter demorado muito para voltar a escrever.
Tem sido tempos difíceis.

Espero que estejam gostando.

Não esqueçam a ☆

         ♡

Mackenzie ••• EM ANDAMENTO •••Onde histórias criam vida. Descubra agora