→ ᴄʜᴀᴘᴛᴇʀ ᴏɴᴇ

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— 𝓝𝓮𝔀 𝓨𝓸𝓻𝓴

— 𝓝𝓮𝔀 𝓨𝓸𝓻𝓴

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— ᴘ.ᴏ.ᴠ.  ᴍɪɴ ʏᴜʀᴀ —


Mesmo não sendo a primeira vez que ando pelas ruas de Nova York, ainda me impressiono com a movimentação delas. Cada centímetro da cidade, parece ser ocupado por algo ou alguém. Parecendo assim, que não há um único lugar para se estar serenamente.

Contudo, para meu alívio, eu encontrei um lugar assim. Um parque quase que escondido da maioria das pessoas, onde passo a maior parte do meu tempo livre. Então, toda a vez que tenho um dia de folga do  trabalho como professora de psicologia, vou até este parque, procurando por alguma espécie de paz.

Hoje, por exemplo, é um dia desses.
Depois de fazer uma longa e relaxante caminhada pelo parque, me sento na grama macia que há no lugar, e puxo meu bom e velho companheiro.
"Morro dos Ventos Uivantes" tem sido meu vicio pessoal desde o ensino médio. Para ser sincera, dramas são como meus alívios cômicos.
Afinal, é bom saber que não se é a única a ter uma vida ridiculamente trágica.

Após ler mais de cinco capítulos, um barulho, estranhamente alto, chama minha atenção. Se meus ouvidos não me enganam, o que ouço são sons de passos acelerados. Que, por sinal, estão bem próximos.

Mesmo com relutância, ignoro a faísca de curiosidade que se acende dentro de mim, e volto a me concentrar no livro. Bem, isso até um bando de homens armados invadirem meu campo de visão.

Quatro homens para ser mais exata. Todos estão perseguindo um quinto homem, que corre com uma velocidade impressionante. A cena faz com que eu me levante rapidamente.

Antes que eu possa reagir, o quinto homem corre em minha direção, e ao passar por mim, me empurra com a força de um caminhão, fazendo com que minhas costas batam em um tronco de árvore ali perto.
A natureza dói.

Gemo em frustração, não apenas por ter sido praticamente arremessa para uma árvore, mas também porque no momento em que ele me tocou para me empurrar, pude ver todo o seu repugnante passado.

-  Are you okay? - um voz interrompe minha sessão particular da vida do criminoso, me fazendo olhar par cima e dar de cara com um homem com uma roupa social (calça e camiseta), meio desalinhada pela corrida, que carrega um distintivo na cintura da calça, que não me parece ser americano.

- Eu estou bem. - respondo em minha língua de origem, para poder tirar minhas dúvidas.

- Oh...você é coreana. - ele diz, sorrindo. - Você esta realmente bem? - ele estende a mão para me ajudar a levantar, mas eu recuou. - Tudo bem, eu não vou machucar você. - mal ele sabe que não é esse meu medo.

Não quero toca-lo, pois sei que a partir do momento em que eu fizer isso, saberei tudo sobre seu passado.
Contudo, sua expressão suave, tentando passar a ideia de que não me machucará, faz com que eu aceite sua ajuda.

COROA DE SANGUE → ʙᴛs ғᴀɴғɪᴄOnde histórias criam vida. Descubra agora