→ ᴄʜᴀᴘᴛᴇʀ ғᴏᴜʀᴛᴇᴇɴ

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ℬ𝓇ℴ𝓉𝒽ℯ𝓇

ℬ𝓇ℴ𝓉𝒽ℯ𝓇

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— ᴘ.ᴏ.ᴠ.  ᴍɪɴ ʏᴜʀᴀ —

Dor. Foi isso que senti após mandar os policiais levarem meu pai.
Não uma dor física, mas uma dor mental e interior. Uma dor que me dilacerou. Uma dor que acabou com a pouca força que ainda me restava. Uma dor que me fez querer desistir.

Ele a matou.  Ele a matou e me culpou por isso.

Ele me viu sofrer. Me viu chorar. Me viu ser destruída pela culpa. E mesmo assim, continuou em silêncio. Continuou agindo como se não soubesse de nada.  E continuou me culpando pelo seu próprio erro.

— YuRa.  — ouço a voz de JiMin chamando meu nome.  E quando ergo minha cabeça, até então escorada em minhas mãos,  o vejo de pé em minha frente, me olhando com preocupação. — Você...você esta bem?

— Sim. — digo,  tentando ser indiferente,  enquanto seco as lágrimas que escaparam quando estava perdida em meus pensamentos.  — Diga para os policiais o levarem até o departamento. Farei o interrogatório assim que chegar e...

— Você não vai fazer interrogatório. — ele diz,  firme. — Não deixarei você entrar naquela sala. Você não tem condição.

— Não é você quem decidi isso. — debato. — Eu tenho condições e quero fazer o interrogatório. Ele matou a minha irmã e quero ter a satisfação de colocar esse monstro na cadeia.

— YuRa...

— Não. Nem tente. — o interrompo. — Estou cansada de todos falando o que devo fazer e como devo agir. EU passei por tudo isso sozinha. EU me culpei. EU escutei os últimos gritos da minha irmã e EU vou ser a responsável por fazer justiça por ela. — digo,  quase gritando. — EU E APENAS EU!

JiMin de repente me puxa para seus braços e me envolve, fazendo com que as lágrimas que eu nem sequer sabia que estava derramando,  molhassem sua camiseta.

Sem dizer uma palavra, ficamos assim pelo que pareceram horas.

Então,  após me sentir mais calma,  JiMin afasta meu rosto,  e me olha, limpando calmamente os vestígios de lágrimas que ficaram em meu rosto.

— Não faça o interrogatório. — ele diz suavemente,  como um pedido. — Deixe que os meninos cuidem disso. Deixe que eles façam justiça por YuMi. Você não precisa fazer isso. Não precisa estar sozinha,  YuRa.

Seu tom de voz baixo e suave foi reconfortante aos meus ouvidos. Me permiti relaxar, e lhe dei um leve acenar,  indicando que concordava com o que foi dito por ele.

— Vamos para casa. OK?! — ele avisa,  deslizando levemente a mão sobre meu rosto,  fazendo com que eu feche os olhos.

Mesmo com os olhos fechado,  pude sentir o rosto de JiMin se aproximando do meu. Pude sentir sua respiração se aproximando da minha e sua mão indo em direção a minha nuca.  Mas antes que eu possa sentir seus lábios nos meus, somos interrompidos pelo toque do meu celular,  fazendo com que eu abra os olhos e nos afastemos.

COROA DE SANGUE → ʙᴛs ғᴀɴғɪᴄOnde histórias criam vida. Descubra agora