ＣＯＲＯＡ ＤＥ ＳＡＮＧＵＥ → ʙᴛs ғᴀɴғɪᴄ

→ ᴄʜᴀᴘᴛᴇʀ ᴛᴡᴇɴᴛʏ-sᴇᴠᴇɴ

ℐ 𝓌ℴ𝓊𝓁𝒹 ℊ𝓊𝓋ℯ 𝓂𝓎 𝓁𝒾𝒻ℯ 𝒻ℴ𝓇 𝓎ℴ𝓊

- ᴘ.ᴏ.ᴠ. ᴍɪɴ ʏᴜʀᴀ -

Ele iria os matar. Eu sabia que ele faria isso sem pestanejar. A ideia de ficar com ele me enojava, ele era tudo que eu mais desprezava na vida. Mas, talvez, ele estivesse certo. Talvez, realmente houvesse algum tipo de escuridão em mim. Talvez, essa escuridão esteja crescendo em mim e eu não possa mais controla-la.

Minha mãe sempre dizia que um dia, eu descobriria qual é o propósito dos meus dons. Ela dizia que cada pessoa tinha uma missão na vida, e que um dia, eu descobriria qual é a minha. Depois que ela morreu, eu não tentei mais descobrir qual era. Fiquei ocupada demais cuidando de todos, e me esqueci das palavras dela.

Talvez minha mãe estivesse errada, e eu não tivesse uma missão nessa vida. E meus dons fossem apenas um castigo por algo que fiz. Algo dado a mim para me destruir e destruir os outros a minha volta. Por causa desse maldito "dom" muitas pessoas inocentes se machucaram.

- Estou esperando sua resposta, querida. - a voz dele me tira dos meus pensamentos.

- Se eu ficar com você, vai realmente deixa-los ir?

- Tem a minha palavra.

Encaro mais uma vez a tela que está na minha frente. Há duas pessoas que amo nelas, e foram machucadas por minha culpa. Quantos mais passarão por isso por minha causa? Quantas pessoas que eu amo terão que sofrer por mim? Nenhuma. Se depender de mim, essa será a última vez que os verei sofrer.

- Quero vê-los. - encaro o homem, a qual desprezo. - Depois que eu os ver, serei toda sua.

Um sorriso brota em seus lábios, e ele assente.

Eu queria vê-los. Queria apenas garantir que a eles que tudo acabou. Queria dizer que os amava e que não permitiria que eles se machucassem. Sim, eu apenas precisava de um momento.

O corredor por onde andamos era frio e escuro, diferente do quarto onde eu estava. A sala onde eles estavam ficava no final desse corredor, uma porta grande e enferrujada estava em nossa frente. Porta essa que fez um barulho estrondoso quando foi aberta, me dando a visão dos dois no final daquela maldita, suja e fedorenta sala. Minha primeira reação foi correr até eles, mas Myung-Dae segurou meu braço, me impedindo e fazendo com que eu o olhasse.

- Se tentar alguma gracinha, qualquer uma, eles morrem e minha bondade com você não será tão grande. - ele ameaça, e eu apenas assinto, soltando-me dele.

A imagem dos dois fica pior quanto mais próxima eu fico. Eles tem hematomas no rosto, no corpo, cortes nos lábios, e sangue espalhado pelas roupas. Minha raiva e desespero entram em combate para ver qual está maior, e toco o rosto deles com cuidado.

- YuRa... - a voz fraca de Min YoonGi foi a única que escutei, já que JiMin, que pelo visto foi o que mais sofreu nas mãos daquele desgraçado, ainda está desacordado.

- Shiiii....- acaricio o rosto machucado do meu irmão com mais delicadeza. - Não fale nada, ok? Quero apenas que me escute. Ele vai libertar vocês, e eu quero que você pegue o JiMin e vá embora. Não mande ninguém, isso vai ser inútil porque tenho certeza que não ficaremos aqui por muito tempo.

- Não...- ele começa a protestar, mas eu o impeço.

- Escute, Oppa. Vocês tem que sair daqui. Você precisa sair e levar JiMin.

- Não vou deixar você.

- Ele vai matar vocês dois se eu não ficar. - meus olhos ficam embaçados, mas me recuso a deixar que as lágrimas escapem, já que as do meu irmão parecem não obedece-lo. Preciso ser forte. - Não posso deixar mais ninguém se machucar por minha causa, Oppa. Vocês precisam sair daqui.