"𝒜 𝓈𝒶ℊ𝒶 𝒹ℯ 𝓊𝓂𝒶 𝓇𝒶𝒾𝓃𝒽𝒶."
ＣＯＲＯＡ ＤＥ ＳＡＮＧＵＥ | Min Yura estava fugindo de tudo aquilo que lembrava sua antiga vida. Carregando um dom peculiar, a jovem ex-investigadora esperava conseguir levar uma vida relativamente comum.
O que ela não...
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— ᴘ.ᴏ.ᴠ. ᴍɪɴ ʏᴜʀᴀ —
Acho que nunca estive tão ansiosa em toda minha vida. Depois de finalizar a ligação com Jin-Oppa, reservei um vôo direto para Seoul, e infelizmente, só consegui um para a manhã seguinte.
Antes de vir, liguei para a faculdade em que trabalho e os avisei que ficaria fora por tempo indeterminado. Apesar da relutância deles, fui liberada, já que em todo esse tempo de trabalho, nunca tirei férias.
Assim que saio do aeroporto, peço para que o motorista de táxi, me leve direto para o departamento de polícia, ele concorda, e eu me esforço para não deixar transparecer o desconforto ao tocar no veículo e imediatamente sentir tudo que já aconteceu ali. Várias e várias cenas do passado de diferentes pessoas passam pela minha mente, me forçando a fechar os olhos para tentar reprimir tudo.
Ao chegar ao destino, agradeci aos céus por sair de dentro do táxi. Como esperado, a maioria dos investigadores me reconhece quando entro na delegacia. Uma mistura de surpresa e curiosidade invade seus rostos. Sinto que eles querem se aproximar e pergunta, mas não tem coragem. E mesmo se tivessem, não quero tempo ou vontade para confraternizações.
Apresento minha identidade para o policial responsável pelo atendimento, e o mesmo pede para que eu espere a autorização de Jin para passar.
São esses os momentos que sinto falta do meu distintivo.
- YuRa?! - uma voz pasma surge atras de mim. E quando me viro, dou de cara com uma das pessoas que mais senti falta nesses quatro anos.
- Chefe Chung-ho. - o cumprimento, sorrindo timidamente. Sabia que ele me encheria de perguntas sobre onde eu estava, e me daria uma bela bronca, mas mesmo assim, estou feliz por vê-lo.
- Ah...YuRa. - ele suspira, e me puxa para um abraço.
No momento em que ele toca minha pele, ondas de suas memorias vão direto para minha mente. Vejo suas memórias felizes, cujas quais eu já conhecia e que estava presente. E vejo também memórias tristes, de um homem solitário que, pelo que percebi, passou os últimos quatro anos angustiado a minha procura.
E então, eu o vejo. Vejo meu irmão em suas memórias. Vejo um Min YoonGi sendo consolado, e pelos olhos de Chung-ho, vejo como meu irmão sofreu a minha procura.
Solto-o rapidamente, assim que vejo as imagens, não suportando vivenciar a dor que causei a quem mais amo. Ele se assusta com meu movimento, e só depois percebe o que aconteceu.
- Desculpe...eu...me esqueci completamente.
- Tudo bem. Sou...sou eu que tenho que pedir desculpas de qualquer maneira.
