- Obrigada, Lauren. Até mais tarde Mila, vê se não assusta a Lauren – Sofia fechou a porta do carro, se direcionando a faculdade.
Saímos do estacionamento, seguindo para delegacia onde Camila trabalhava. A delegada espiava pela janela e parecia insatisfeita em estar ali.
- Então, Doutora Camila, você tem o hábito de assustar as pessoas?- Provoquei.
- É o que dizem por aí. – Respondeu ainda sem me olhar.
- Devo me sentir ameaçada? – Eu dirigia calmamente.
- Isso é você quem decide. – Mais que mulher impossível.
- Sofia me disse que mudaram para Rio há pouco tempo. Transferência? – Puxei assunto novamente. Papo mais chato esse meu, mas é o que temos para hoje.
- Sim.
- Eu gosto de morar aqui, embora a violência esteja crescente. Você é natural de que cidade? – Prossegui.
Nesse momento virou-se para mim e com um olhar diabólico encheu o peito e disse:
- Não te in-te-res-sa! – Voltou a olhar pela janela.
- Gostei disso. – Gargalhei – Você é sempre receptiva assim ou nosso encontro de sábado desencadeou essa simpatia toda?
- Você é sempre prepotente assim? – Retorquiu.
- Meu Deus, ela está interessada em mim! – ri que nem uma boba e ela me fuzilou com o olhar - Mas quanto a sua pergunta... Não, não sou prepotente o tempo todo. É meu charme natural. – Ela gargalhou com vontade e eu gostei do som de sua risada.
- Você é prepotente o tempo todo. – Afirmou, observando nosso percurso. – Onde fica seu escritório mesmo?
Do outro lado do mundo. Agora ela me pegaria na mentira, mas com um olhar diabólico enchi o peito e disse:
- Não te in-te-res-sa! – Ela me olhou incrédula – Olho por olho...
- Certo, Lauren, certo. – Ela ria.
Ouvi-la proferir meu nome foi como música para meus ouvidos e nisso lembrei de ligar o som do carro para deixar nosso clima bem ameno. começou a tocar e ela pareceu relaxar um pouco sua postura.
- Estamos chegando, doutora. A tortura está no fim. – Brinquei, já estacionando em frente a delegacia.
- De qualquer modo, obrigada. Você ajudou. – Bobinha. Sequei o pneu do seu carro. Pensei enquanto ela descia do meu veículo.
- Ei! – chamei sua atenção e ela me olhou séria. – Cadê meu beijo de obrigada? – Ela revirou os olhos e bateu a porta do carro. – Vamos treinar na geladeira, porque a porta do carro já foi danificada. – Gritei. Ela já se afastava, mas ainda riu.
A semana só estava começando, mas a carga de trabalho que me esperava no escritório já era desafiadora. Pela primeira vez em anos não estive tão bitolada em processos. Estava avoada e me sentia bem assim.
- Sapatânica! – Dei um pulo da cadeira. Com a loira invadindo minha sala
- Dinah, pelo amor de Deus, não me chama disso aqui no escritório.
- Isso quer dizer que posso te chamar de sapatânica em outros lugares?- Disse ao sentar-se.
- Não. O que você quer? – Perguntei sem olhá-la.
- Almoçar.
-Nossa! Perdi a hora aqui.
- Com a cabeça longe né? Sapatânica.
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Legalmente
Fanfiction[FINALIZADA] Lauren estava relativamente satisfeita com seu escritório de advocacia. Processos e mais processos... O que mais ela poderia desejar? Mais conhecimento? Mais sucesso? Uma família? Um amor? "Eu desaprovo o que você diz, mas defenderei at...