Capítulo XIII

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Dean estava incrédulo, já tinha passado duas semanas e meia desde que Sam tinha ido até lá. Seu olho roxo e pequenos hematomas já estavam um pouco melhores, quase não dava para se ver, mas Dean não conseguia simplesmente esquecer a feição brava de seu irmão enquanto ele desferia socos no loiro e o que ele havia dito que a mulher o traia descaradamente. Dean passou esse tempo desconfiando de toda saída que a morena fazia; e a desconfiança aumentava mais e mais.

Dean perderá a conta de quantas vezes ela havia saído e voltado tarde durante aquele período de tempo. Nestas duas semanas e meia que passou, Lisa estava crente que Dean realmente não sabia de nada então acaba cometendo falhas em suas mentiras, dizendo que ia ao mercado, porém, se esquecida de comprar alguma coisa que pudesse afastar essa desconfiança toda; ou dizia que ia à casa de alguma amiga, mas quando Dean perguntava trocando propositalmente o nome da suposta amiga, ela nem o corrigia, apenas concordava dizendo que estava bem e logo mudava de assunto.

Dean disse à Lisa que sairia e que voltaria tarde e que talvez ela nem precisasse o esperar acordada. Quando Dean entrou no Impala, viu Lisa acenar para ele com um leve sorriso antes de sair com o carro pelas ruas.

O loiro parou o carro em um supermercado e enquanto comprava uma torta e algumas cervejas, Dean tentava não pensar nas palavras de seu irmão e com a “pulga atrás da orelha”, sempre lhe dizendo que ele deveria ir ver e tirar a prova, provar a seu irmão que não era nada disso que ele tinha dito.

Dean pagou por suas compras e se sentou no carro, abriu uma de suas garrafas de cerveja e foi bebendo lentamente enquanto voltava para a casa que agora dividia com a morena. Estacionou o carro um pouco mais longe da casa e veio andando até a casa, notando um carro diferente estacionado do outro lado da rua, em frente à casa de Lisa.

O loiro quando parou na porta da frente, podia ouvir o som alto da música tocando no rádio e uns ruídos estranhos. O loiro ficando nervoso, abre a porta com as chaves que Lisa lhe deu, e agora que abriu a porta, silenciosamente entrando na casa, ele foi olhando cada cômodo do primeiro andar se arrependendo de não ter trago consigo sua garrafa de cerveja.

Subindo as escadas que levava a o segundo andar, onde ficavam os quartos, Dean percebe que os ruídos aumentam ainda se misturando com a musica alta. Dean para em frente à porta do quarto de Lisa e agora ele já tem certeza de que são aqueles barulhos que ele estava ouvindo. Com o sangue do loiro começando a ferver, ele abre a porta rapidamente e agora te certeza de tudo que Sam tinha lhe dito.

Lisa realmente o traía.

Os dois ao ouvirem a porta ser aberta com tudo e verem Dean parado olhando, apertando os lábios com o olhar decepcionado, se enrolaram nos lençóis de modo desajeitado.

— D-Dean... – A morena alternava olhares entre os dois homens – E-Eu... Cole... Nos apenas estávamos...

“— D-Dean? E-Eu e Gordon... Nós apenas estávamos...”

Após este flash aparecer em sua cabeça, Dean balança a cabeça e foca os olhos em Lisa.

— Não diga nada Lisa... – Dean falou com certa agressividade, fechou os olhos respirando – Apenas... Não diga porra nenhuma...

— Mas Dean... E-Eu posso explic-
— Apenas cala a porra da boca Lisa – A o ver o tal ‘Cole’ abrir a boca para dizer alguma coisa, o loiro apontou pra ele dizendo de modo irritado – Isso serve pra você também.

O loiro entrou no quarto sem nem chegar perto da cama onde estavam os dois, abriu o armário e pegou algumas poucas camisas que estava nos cabides e a as jogando na sua mala que ainda não estava totalmente desfeita.

“Dean pegou uma mala no armário e jogava todas suas roupas dentro o mais rápido que podia, evitando ao máximo não olhar para trás e ver Lisa e Gordon enrolados em lençóis.”

O loiro pegou sua mala e saiu do quarto, quando estava quase no final do corredor onde ficavam as escadas, Dean sente a mão de Lisa segurar seu pulso e o loiro se vira para encará-la com uma feição raivosa estampada no rosto.

— Dean, não... Fique, vamos conversar...

— Não temos nada pra conversar. – Ele falou de modo rude e desceu as escadas deixando a mulher falando sozinha.

“Dean descia as escadas rapidamente e ao sair da casa, bate a porta da frente, entrando no Impala e saindo rapidamente dali, dirigindo sem rumo ouvindo uma de suas varias fitas de rock clássico no volume alto.”


Dean dirigia sem rumo até ver ao longe a casa de Bobby e Ellen, mesmo sem ir a nenhum lugar específico, seu corpo já sabia para onde deveria o levar.

Ao estacionar o carro em frente a casa, o loiro viu Ellen sair da casa com um pano nas mãos. O loiro pegou as cervejas e a torta, com a feição um pouco mais relaxada, ele saiu do carro e foi até a casa.

— Oi querido. – Ellen o cumprimentou e voltou pra dentro enquanto o Winchester mais velho entrava na casa – Bobby, Dean esta aqui.

— Não esperava te ver aqui hoje, garoto. – O homem ao ver o rosto do outro, mesmo que Dean tivesse relaxado um pouco, os que o conheciam ainda podiam perceber a raiva no olhar dele – O que aconteceu Dean?

— Lisa estava me traindo. Eu a vi me traindo Bobby. – O homem e sua esposa o olham levemente confusos, porem não surpresos enquanto o outro abre sua torta e come um pedaço suspirando.

“Dean entra na casa de Bobby e Ellen, ele só viria atrás deles nesse momento, afinal, os considerava como seus pais, o loiro vê Bobby sentado na sala bebendo uma cerveja enquanto Ellen estava na cozinha colocando algo para assar; os dois olham para o outro e sem entender, o ouvem dizer com seu tom de voz um misto de raiva e tristeza:

— Lisa estava me traindo... Eu a vi me traindo Bobby...”

Esse ‘flash’ parece que atingiu Dean como um soco, como o soco que seu irmão lhe deu há quase três semanas atrás. Dean deu um passo pra trás com a mão na testa, ela começou a latejar e não demorou muito para Dean sentir as mãos de Ellen nas suas costas e Bobby perguntando se ele estava bem, mas, ele não estava ligando para isso, por que ele tinha se lembrado da primeira vez que Lisa tinha o traído.

Ele tinha se lembrado.

Dean soltava grunhidos a o que sua cabeça começou a latejar mais e enquanto Ellen e Bobby o puxavam para se sentar no sofá, mais ‘flashs’ invadiam sua cabeça. Até que finalmente lhe apareceu Castiel em sua cabeça, o dia que tropeçou nele na livraria; a semana indo pedir livros estranhos só para conversar com ele; quando o chamou para sair; seu primeiro encontro com ele; todas as festas e feriados que passaram juntos; sua primeira noite juntos; quando o pediu em casamento; O casamento e a lua de mel; quando foram morar juntos; quando Sam veio morar junto com eles, pois, Jess tinha morrido; quando descobriram que Sam e Gabriel estavam juntos; quando se mudaram; a felicidade do seu dia-a-dia e as coisas banais mas que ainda o deixavam feliz... Estava tudo ali, tudo que importava.
E agora, tendo toda sua memória no lugar, Dean nunca se sentiu tão péssimo. Nesses meses que se passaram sem que ele se lembrasse de seu amado marido, ele o fez sofrer tanto, tanto, tanto! E não aguentando mais essa angustia e a confusão na sua cabeça e seus sentimentos, Dean começou a chorar.

— Querido? Você está bem? Por que esta chorando? – Ellen perguntou preocupada, alternando olhar o marido e o ‘filho’.

— Eu me lembrei, Ellen...

— De que querido? – Dean se virou e começou a encarar Ellen com os olhos ainda cheio de lágrimas e o rosto ainda molhado.

De tudo.

~☆~

Hello Boys :)
Sorry, but, é a reta final. :(
Eu ia falar isso no último capítulo, porém esqueci.
Mas, comentem, acho que vocês gostaram do capítulo. ;)

~Beijinhos  :*

Come Home  ♡ Destiel ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora