Um começo errôneo

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Há necessidade de lhe contar algo

Talvez em estrelas esteja grafado

Ou em objetos pouco suspeitos

Imaginaria eu uma cerimônia esplêndida

Inúmeras pessoas, olhares esperançosos

O melhor para a vida dos felizardos era desejado

Caro leitor, certamente não será assim

No meu falido coração havia algum lugar

Para encontrar um eterno amor

Meus sentimentos se matam pelas esperanças

Eu aconselho a todas elas se ferrarem, constante leitor

Percebia-se a felicidade disfarçada de inocências

Brincadeiras pueris, nada te recorda?

Lembro daquelas tragédias que nos sangraram, mataram, devagar

Memórias insólitas, desamado leitor, qual a razão de perder tempo com isso?

Se continuasse esta história, chegaria ao vazio

Logo, não há história, quando não há escritor

Até o momento chegar, aproveite bastante

Se aqui chegou, é certo que deverás saber, deveria, deve

Os seus olhares matam, constantemente, pessoas

As deixará aprofundar na plena escuridão?

Infelizmente, claro leitor

Esses contam suas histórias de comédia e tragédia

Todas parecem à deriva

Façam o favor! Deixe-os morrer

Acredito fielmente que vão retribuir

Nessas inconstâncias de vida

Começo esta história, aproveite

Não leve a sério tudo

Eu não vou deixar acabar, anônimo leitor

Só quero estar presente neste final

"Carpe diem"!

Poemas de uma vida destruídaOnde histórias criam vida. Descubra agora