Eu quero

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Eu quero pular de um prédio
Na ideia de que não morrerei
Para apenas sentir adrenalina
Por alguns momentos

Eu quero fazer o que tá em minha cabeça
Sem motivo nenhum
Vamos ver o que acontecerá
Depois de tudo

Eu não sei o que querer
Queria viver, mas tenho que sobreviver
Queria mudar, mas tenho que me manter constante
Queria sorrir, mas só sei chorar

Eu não sei o que querer
Queria amar, mas posso me matar
Queria me matar, mas posso me apaixonar
Não por mim, nunca é por mim

Os meus quereres são obscuros
Eles não deviam existir vírgula
Devem existir
Por que tanta incerteza?

A razão da sua existência é a própria
Eles não precisam ser efetuados
Mas precisam ser reconhecidos
E transformados em algo útil

Seja útil para si mesmo
Não para alguém qualquer
Queira ser você
Apesar desse ser não ser você

Descubra quem é
E descobrirás o que querer
O que fazer, o que pensar
O que ser

Poemas de uma vida destruídaOnde histórias criam vida. Descubra agora