Capítulo 7

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AVISO
Esse capítulo pode ou não conter uso de palavras de baixo calão e conteúdo sexual, se for sensível a qualquer uma dessas coisas, pule certas partes desse capítulo.

Lucas
Raiva...

   Aquele idiota, além de me negar ajuda, teve a porra da coragem de me bater, sai da casa dele, eu não voltaria de jeito nenhum, não só porque ele me expulsou, mas porque me ofendeu moralmente ao fazer aquilo.

  Sai de lá e chamei um Uber, não estava nem um pouco a fim de dirigir, se não atropelaria alguém

   -me leva pro bar mais próximo - mandei, totalmente irritado ao entrar no veículo, o motorista nem ao menos disse algo e saiu em disparada, talvez estivesse acostumado com clientes como eu. Olhei pela janela tentando me acalmar, coisa em que não estava tendo sucesso.

   Deixei que as gotas de chuva tentassem me trazer a calma, que não durou muito, já que ouvi o motorista falando que havíamos chegado no bar. Olhei pro lugar, dentro do meu padrão, paguei o motorista e sai do carro, ajeitando a jaqueta que usava.

  Ao adentrar o lugar, olhei em volta, muitos, fossem homens ou mulheres, me olhavam, sorri de forma galante, sei meu impacto nas outras pessoas. Me sentei no bar mesmo, olhando pra um rapaz do outro lado, que conversava com um homem sentado.

    -me vê uma vodca - falei pro barman, ainda observando o rapaz, os cabelos castanhos dele bagunçados, os olhos, que mesmo a distância liberavam um brilho intenso e penetrante, depois de ser servido, tirei a atenção do rapaz por alguns instantes.

  -o que tanto olhava? - questionou a voz ao meu lado, olhei, era o rapaz de cabelos bagunçados, sorri ao vê-lo perto. Ele também carregava um sorriso, menor e mais misterioso, mas mesmo que estivesse louco para fazer com que aqueles lábios fossem colocados em uso, seus olhos me prendiam facilmente.

   -apenas pensando em qual investimento terei mais benefícios - respondi sorrindo, gosto de poder realmente me liberar, como eu mesmo, com outros homens, garotas são apenas uma fachada

   -com esses machucados não terá benefício algum - comentou pegando um pedaço de tecido do bolso e limpou minha testa - estava sangrando muito

  Avisou, apenas fiquei em silêncio e empurrei um pouco o banco ao meu lado no bar, havia gostado dele, mesmo sem saber seu nome. O mistério que ele carregava em seus olhos me hipnotizava.

    -Lucas, Lucas Boccari - me apresentei, o olhando, ele não parecia estar ali pra beber, me perguntava o que fazia ali então.

   -Diogo Wolly - falou, sua voz, mesmo que de maneira contida, parecia cheia de preocupação, quem era a pessoa em quem ele estaria pensando. Não tive tempo de perguntar, ele recebeu uma mensagem, não pude ver o nome, mas pelo sorriso que se estampou em seu rosto, parecia que havia recebido uma das melhores notícias já existentes.

   Ele continuou ali ao meu lado, agora mais feliz do que nunca, conversou comigo, parecia estar gostando de minha companhia. Depois de horas resolvi dar um passo mais longe, pedi licença e fui ao banheiro, lavei meu rosto e sorri, hoje eu estava com uma sorte extremamente esquisita.

    Ao sair do banheiro, o vi no bar, os olhos grudados no celular, fui até ele com certa rapidez e segurei seu braço, seus belos olhos azuis me encararam, sorri e o puxei para um beijo, feroz e com luxúria, mas inesperadamente um certo carinho, ao sentir ser retribuído, esqueci onde estávamos. Minhas mãos vagaram por seu corpo até pousarem em seu quadril, o trazendo mais perto do que já estava.

Família Acima de Tudo - Volume I da Série FamíliaOnde histórias criam vida. Descubra agora