Marisa Rames, uma jovem que depois da recente morte de seus pais, se vê endividada e tendo que cuidar de sua irmã mais nova, Jéssica, sem ninguém a recorrer, sofrendo o risco até mesmo de ser despejada de seu lar
Theo Smith, um empresário de sucesso...
A noite depois daquela ligação de meu irmão fora uma das mais mal dormidas por todos da casa, aceitamos suas condições e talvez aquela fosse nossa única chance de terminar tudo aquilo.
Com esse pensamento, me levantei do sofá, onde estava dormindo junto de minha mãe e Marisa, que já haviam levantado, e ido completar seus respectivos papéis naquele plano do qual agora fazíamos parte.
-Theo - Rosa me chamou com certa preocupação ao me ver entrar na cozinha, naquele momento ela era mais uma vez minha mãe, mesmo que antes, por um tempo, tenha sido minha sogra, com isso em mente me aproximei daquela senhora e ela segurou minhas mãos - mesmo que aconteça algo de errado, eu quero lhe dizer, que mesmo depois de tanto tempo, continua sendo o menino de quem eu cuidava e que cuidou muito bem de minha filha
Sorri, aquelas poucas palavras faziam com que eu me sentisse melhor naquele instante, lhe abracei e pude ouvir seu choro baixo, a olhei bem. Sabia que ela se sentia como mãe de todos ali, ainda mais das meninas, de quem cuidava com tanto esmero.
-vai ficar tudo bem Rosa, precisamos apenas seguir o plano do Benjamin e tudo se resolverá, agora, acalme-se e use o tempo que temos disponível para descansar, a senhora tem trabalhado demais. - pedi, com carinho na voz, recebi um beijo na bochecha e um sorriso compreensivo, vendo ela sair do ambiente para ficar um tempo com Antony, seu amado marido.
Estando agora sozinho ali, apenas fiz o que fazia costumeiramente, peguei uma caneca de café e me direcionei ao meu escritório, que não tinha nem ao menos me dado o trabalho de arrumar depois do susto de ontem. Suspirei.
Deixei minha caneca na mesa e me abaixei perto da pasta que estava mais bagunçada, a que Isa havia deixado cair horas antes, admito que por culpa minha, não posso negar que meu encanto por ela havia me feito esquecer a situação por alguns instantes, é um dos efeitos dela em mim.
Deixando minha mente passear com os pensamentos sobre a moça de cabelos loiros que havia me conquistado, recolhi tudo e fechei o cofre, cobrindo o mesmo com a tira de madeira que antes estava nele. Depois disso, fui até minha mesa, peguei minha caneca, e, como infelizmente era um dia comercial, eu tinha de trabalhar, mesmo que fosse um pouco e em casa.
*****
Depois de horas, o interfone de minha mesa tocou, atendi o chamado no mesmo momento.
-senhor, eles chegaram...- foram as únicas palavras que ouvi antes de levantar e sair do escritório, avisei a todos e assim fomos para o heliporto, de onde Jessica, com Atenas no colo veio correndo até nós.
Abraçou a Marisa e a mim, logo deixando a bebê em meus braços. E, pra surpresa de todos, como meu irmão havia dito, os agentes da NSA surgiram logo em seguida, apontando armas para ele, que se mantinha calmo, assim como a filha dele, ao olhá-lo, enquanto do bolso do paletó que usava, tirava uma credencial.
-Agente Smith, MI6 - ele informou deixando a vista de todos que não havia o que temer - de acordo com a constituição, estou aqui para o encerramento de um caso, que envolve também a Agência de Segurança Nacional, desejo falar com o comandante desta operação em questão.
Um rapaz, de cabelos loiros rentes a cabeça fez um sinal para que os outros abaixassem as armas e verificou as credenciais de Ben, quando confirmado, devolveu e ambos iniciaram uma conversa falando baixo. Quando se viraram, as coisas começaram a acontecer rápido.
Em segundos, um homem de cabelos ruivos e barba mal-feita agarrou Marisa pela cintura e colocou uma arma em sua cabeça, fiquei surdo naquele instante, mas sabia que havia armas apontadas para ele, ele dizia algo que para mim era um mistério.
Só voltei a mim quando vi o corpo dele cair, havia sido derrubado por trás, nos deixando a imagem de minha mãe, calma como um monge, a sorrir para todos ali.
-não é porque pareço inofensiva, que realmente sou - disse apenas, num tom informal.
*****
Três semanas haviam se passado e tudo estava incrível, mas ainda não chegava a perfeição, havia ainda, uma coisa a ser resolvida.
-por quê demorou tanto? - Marisa perguntou, sentada na cadeira de descanso na frente da casa, cuidando da nossa pequena, que tentava andar pela primeira vez.
-fui buscar algo além do copo d'água - respondi e me sentei a sua frente, colocando o copo que eu trazia, no chão, peguei a caixinha que estava em meu bolso e abri, mostrando pra ela - achei, que depois de tudo que aconteceu, você iria querer oficializar...
Ela sorriu enquanto me olhava, e, segurando as mãos de Atenas, me deu um singelo beijo, dizendo em seguida, apenas 7 palavras:
-vai ter que me suportar agora Senhor Smith...
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Ficou um pouco curto né, desculpa por isso gente, mas vocês não fazem ideia do quanto eu me dediquei para que ficasse bonitinho, e gostei do que fiz, bom, é isso... Até o Epílogo. Beijos
