Marisa Rames, uma jovem que depois da recente morte de seus pais, se vê endividada e tendo que cuidar de sua irmã mais nova, Jéssica, sem ninguém a recorrer, sofrendo o risco até mesmo de ser despejada de seu lar
Theo Smith, um empresário de sucesso...
Era engraçado como Marisa e Theo estavam íntimos, e como eu estava de férias, podia notar o quanto os dois ficavam próximos certos dias, quem os olhasse diria que eram um casal recém-casado, só não rolavam beijos na boca, mas quem sabe algum dia rolasse.
Já eu, estava apenas a espera do dia da minha formatura, finalmente iria acontecer, faltavam poucos dias, seria a última vez que eu veria a maioria do pessoal com quem estudei, não sentiria falta da maioria, apenas do Kaik, que em pouco tempo se tornou meu amigo.
Mas o que mais estava mexendo comigo eram algumas conversas que eu podia ouvir do Sr. Smith e da mãe dele, que muitas das vezes envolviam meu nome, não conseguia indentificar exatamente o assunto, mas, eles pareciam tão preocupados, então, com certa curiosidade resolvi perguntar pro Antony o que estava acontecendo ali, com certa sutileza.
-então seu Antony, o Sr. Smith parece tão preocupado, acha que tem acontecido alguma coisa na empresa? - questionei, aquela seria a pergunta mais comum pra eu fazer, já que Theo havia me oferecido a oportunidade de um estágio em sua empresa.
-olha Jessica, eu não sei, mas não acho que é isso não, a dona Mildred não se envolve muito nos negócios, é mais coisa da família - ele respondeu com certa inocência, enquanto mexia num dos carros, parei um tempo, analisando ele, Antony não era velho, estava em seus 62 e conservava um ótimo físico, talvez o trabalho como mecânico e, é claro, alguns exercícios que eu sabia que ele fazia, tivessem tido um ótimo resultado, o que me fazia querer sair do meu "sedentarismo" pela falta de tempo livre e começar a me cuidar, mesmo que eu não precisasse, seria um investimento saudável para o futuro do meu corpo.
Não demorou muito e eu estava de volta a parte de dentro da casa, caminhando pela mesma, Rosa não estava na casa, havia dito que ia ao mercado, Marisa cuidava da bebê, então eu não tinha muito o que fazer, não até ouvir novamente Mildred e Theo conversando, e pela casa estar vazia, aquela era minha grande chance de saber do que se tratavam tantas conversas, com isso, parei perto da porta e coloquei meu ouvido na mesma, logo começando a ouvir o que eles falavam:
-não poderá esconder isso delas por mais tempo, alguma hora elas vão descobrir e não terá volta - Mildred o advertia, e parecia estar com muita raiva
-eu prometi que as protegeria, ambas viveram anos em ignorância da realidade, eu não posso fazer isso com elas, não com a Jessica, e muito menos com a Marisa - seu tom era de raiva até falar o nome da minha irmã, que pareceu o afetar tanto, que sua voz praticamente sumiu na frase seguinte - eu tenho que proteger elas, eu vou ter que comunicar eles
-você sabe que ele vai estar a nossa disposição quando precisarmos, ainda mais quando o assunto são elas - a mãe dele continuou, como se já soubesse o que ele faria, já eu, estava em choque, o que estava acontecendo?
****
Quando voltei a mim, minha primeira reação foi ligar para o Diogo, mesmo sabendo que ele possivelmente não sabia de nada, eu precisava de alguém pra me ajudar a digerir tudo o que havia ouvido, demorou um tempo, mas ele atendeu.
-Jess, pequena, o que aconteceu? - fiquei em silêncio - abaixa o volume da tv Luccas, por favor, agora Jessica, me conta o que tá acontecendo
-você pode me encontrar naquela cafeteria perto do Central Park? - questionei, minha voz talvez soasse tão estranha que isso só aumentou a preocupação de meu amigo, que nem ao menos hesitou ao responder que sim.
Logo, eu estava arrumada, avisei a Isa e, é claro, Theo e Mildred, Antony me ofereceu carona, mas neguei com veemência, assim, finalmente pude sair, peguei um Táxi, e em silêncio observei a paisagem durante a viagem, sentindo como se algo que sempre me foi mantido em segredo, esteja se revelando aos poucos, naturalmente, suspirei e passei a mão no rosto, tentando tirar qualquer pressentimento ruim da minha mente, em poucos instantes o taxista avisou que havíamos chegado, lhe paguei e sai do veículo.
Observei o estabelecimento onde eu havia combinado de encontrar Dih, e mesmo que tivesse que lidar com a minha futura investigação, uma parte da minha mente ficava me dando pontadas na nuca, a curiosidade sempre foi um dos meus males, não conseguia parar de me perguntar quem seria o Luccas.
Também me perguntava o que havia acontecido para Diogo ficar tanto tempo sem falar comigo ou com a minha irmã, e quando eu liguei, ele parecia preocupado e cansado, eu iria encurralar ele se precisasse, para obter minhas respostas.
Não tive muito tempo pra pensar sobre tudo, logo um garçom veio me perguntar o que eu queria, pedi apenas um frapuccino e um croissant, e foi como destino, ou timing perfeito, quando o funcionário veio entregar o que pedi, junto com meu melhor amigo entrava a única pessoa de quem eu seria capaz de guardar rancor. O moreno Luccas Boccari.
-o que você está fazendo com ele?...
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Ficou mais curtinho que o normal né gente, mas é porque foi necessário, ainda tem muita coisa a ser explicada e vivida por todos os personagens, relaxem viu, ainda tá longe do fim. Na verdade, esse ainda é o primeiro livro, terão que me aguentar por muito tempo ainda. Bom, é isso, até o próximo capítulo. Beijos
