Tamanha beleza incomparável, igual não há. Sorriso iluminante, olhar radiante. Pele macia e cabelos como lã de ceda. Tua boca... há ternura exuberante, corpo igual ao teu não há, amada, desejada, sortuda, mas inatingível. Sempre tratada como uma deu...
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- Onde é que você estava? - Alessandro entra no quarto completamente transtornado.
Me aproximo da porta da sacada o olhando fixamente.
- Eu não vou perguntar novamente. - seu tom é de completa ameaça.
- Eu estava no jardim, Alessandro. Eu juro que não sabia que vocês estavam lá. - disse amedrontada.
- A sabia e como sabia. À uma semana eu falo sobre essa reunião. - Ele passa a língua nos dentes. - Com quem falou ontem à tarde?!
- Com ninguém. - a resposta saiu rapidamente de minha boca.
- Uma porra! - Ele joga o abajur no chão.
Abro a porta da sacada imediatamente, na tentativa de me afastar do mesmo.
- Foram onze minutos na linha. E eu tenho certeza que não foram onze minutos dizendo apenas um "Alô". - Alessandro se aproxima ainda mais puxando meu cabelo para trás.
- Eu não falei com ninguém. - Falo na tentativa que ele me solte.
- Você falou! Não mente para mim. - Ele aperta meu pescoço. - Com quem você estava falando? Eu estou te dando uma chance para me dizer a verdade, se não fizer, eu descubro da minha forma e garanto que não será das melhores. Agora me diz com quem estava falando?!
- Améllie. - minhas palavras saíram como sussurros.
- Resposta errada!
Sinto minha cabeça bater fortemente no chão. Com o impacto fecho os olhos sentindo algo quente escorrer pela minha testa, Alessandro me levanta tão rapidamente do chão que sinto meu corpo mole pela tontura que sinto.
Alessandro me senta na cama e me olha fixamente antes de sair do quarto e bater a porta.
Minha vista embaça e sinto meu coração apertar. O único som que pode-se ouvir no quarto, são os soluços que saí da minha garganta de maneira deplorável. Eu não passava de um nada para Alessandro e o pior de tudo, é que eu não tinha saida.
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