Tamanha beleza incomparável, igual não há. Sorriso iluminante, olhar radiante. Pele macia e cabelos como lã de ceda. Tua boca... há ternura exuberante, corpo igual ao teu não há, amada, desejada, sortuda, mas inatingível. Sempre tratada como uma deu...
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- Alessandro, me tira daqui!
- É para o seu bem, querida. - Ele se afasta. - Você consegue, tenta.
- Eu não vou tentar nada, me solte agora! - grito me debatendo.
- Desse jeito você não vai conseguir se soltar. - Ele fala calmo.
- Por quê está fazendo isso? - Pergunto analítica.
- É necessário, vamos amor.
O olho com raiva. Com dificuldade me levanto do chão, ficando em pé totalmente. Olho para a corda em minha mão e impulsiono minhas mãos para trás.
- Não solte ela em sua barriga. - Ele me adverte, quando faço menção.
- Como acha que eu vou conseguir me soltar, então? - pergunto irônica.
Alessandro me olha, pegando uma cadeira e colocando em minha frente.
- Usando isso. Por favor, eu preciso ter certeza que pelo menos isso, você consegue fazer sozinha. - Ele me olha tenso.
O olho séria, impulsiono minhas mãos para trás e em um único baque, consigo me soltar. A cadeira cai no chão, por pouco eu não perco o equilíbrio, se não fosse as mãos de Alessandro em minha cintura, eu estava no chão.
- Isso ainda não foi o suficiente. - Ele fala, alisando meu pulso meio avermelhado. - Mas, você vai descansar agora.
- O que pretende fazer?
- Eu não pretendo fazer nada, é só uma forma de garantir que você esteja viva até eu chegar. - Ele me olha.
- Chegar? Alessandro, eu não estou entendendo mais nada. - falo sem paciência.
- Não é necessário entender agora. Está tudo bem. - Ele beija minha testa.
(...)
Observo Alessandro através do vidro, malhando. Ele estava tão concentrado que não havia me visto chegar, ele estava focado demais nesses treinos, andava tenso. Alguma coisa estava para acontecer, mas ele não me falava o que era.
Observo quando o mesmo levanta peso e logo larga o mesmo, o jogando no chão.
Me aproximo me sentando em um banquinho que havia ali. Ultimamente todo lugar que vejo que tem um banco eu já me sento, mal consigo ficar muito tempo em pé, sem reclamar de dor nas costas.
- Por que não está dormindo? - Alessandro pergunta indo em direção a esteira.
- Porque estou acordada. - Sorrio debochada.
Alessandro revira os olhos e pega uma toalha passando lentamente por seu rosto, pescoço e por fim abdômen onde ele demora mais quando percebe que eu o observo.
