Capítulo 16

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ânsia
fig. ansiedade provocada esp. pela dúvida.
"permaneceu em ânsias até receber notícias da mãe"
6.
fig. m.q. ANSEIO

Eva Mohn sempre almejara amores tão épicos quanto os que ela via em filmes e séries. Alguém que lutasse por ela, ou, que em um ato heroico, salvasse sua vida.

Mas ela sabia que a realidade não era bem assim. Era totalmente diferente. Dois irmãos não lutariam por ela, ela não conheceria um cara em um bar e se apaixonaria por ele, e com toda certeza, não descobriria que seu chefe era um vigilante e então entenderia o verdadeiro significado de amor.

O amor que ela conhecera através de Christoffer doía como uma faca em seu estômago.

Uma faca em seu coração.

- Eu vim assim que pude—Vilde grita e eu mal posso ouvi-la devido à música alta— Como foi que isso aconteceu?

- Eu tenho uma leve impressão de que Nathan estava falando sério sobre a festa— murmuro irritada e Vilde assente.

Era óbvio que ele estava falando sério.

- Como ele chamou toda essa gente tão rápido?—Vilde pergunta berrando e eu dou de ombros.

Essa definitivamente era uma boa pergunta. Na tarde seguinte após a chegada de Nathan, eu me deparara com uma festa estranhamente abarrotada de gente. Eu poderia reconhecer algumas delas, mas as outras eu nunca conhecera em toda minha vida.

Como alguém que não ia para a cidade a anos poderia conhecer toda essa gente?

- Você me mataria caso eu aproveitasse a festa?—Vilde pergunta com o senho franzido e eu a encaro desacreditada—Você sabe que não adianta ficar ranzinza. Nathan não vai acabar com a festa, então vamos juntar o útil ao agradável.

Ela estava certa. Nathan sempre fora contra toda e qualquer  autoridade. E eu não era uma autoridade.

- Você está liberada—murmuro e vejo minha amiga pular animada. A garota amava uma boa festa.

Ando irritada pela festa enquanto esbarro em algumas pessoas pelo caminho. Vejo alguns copos vermelhos jogados no chão e algumas garrafas quebradas na minha sala.

Nathan teria que limpar tudo isso depois ou eu não responderia por mim.

- Me desculpa—uma voz murmura e eu franzo as sobrancelhas confusa.—Ah, é você.

- Você sabe que está na minha casa, certo?—Pergunto arqueando as sobrancelhas e observo Christoffer rir.

- Eu sei—ele diz pondo as mãos em seu cabelo e eu posso me distrair com o ato por alguns segundos.— seu irmão me chamou, achei que você soubesse.

- Eu nem ao menos sabia da festa—murmuro olhando para os lados.—Você e meu irmão se falam?

- Algo do tipo—Vejo meu ex-namorado da de ombros e arqueiros as sobrancelhas.

- Bem... Aproveita a festa—murmuro andando pela minha casa, sem ao menos olhá-lo novamente.

Suspiro cansada ao chegar no meu quarto. Nada no mundo se comparará a sensação de sentar na minha cama depois de tudo isso.

Encaro o meu ventilador de teto por alguns segundos tentando entender como minha vida chegara nesse ponto. Eu não tinha paz nem na minha própria casa.

- Aí meu Deus, me desculpa—uma voz diz assustada e eu arqueio as sobrancelhas.

- Haley?—Pergunto surpresa e vejo a menina encolher os ombros tímida.

- Eu achei que aqui fosse o banheiro—ela murmura e eu sorrio sentando na cama.

- Não tem problema—dou de ombros ajeitando minha blusa—Não sabia que você era o tipo de pessoa que ia para festas.

- Eu não sou. Mas meu melhor amigo insistiu.— Haley da de ombros tímida e eu sorrio.—Mas sinceramente, eu acho que estou me arrependendo dessa decisão.

- Pelo menos você decidiu vir.-murmuro me jogando novamente na cama e observo Haley arquear as sobrancelhas—Meu irmão nem ao menos se deu o trabalho de me avisar dessa festa.

- Eu vi Chris lá fora—Haley sussurra encostando na porta e eu a olho—Eu soube do que aconteceu.

- A esse ponto, eu acho impossível que alguém não saiba—digo divertida e Haley ri—Nathan fez o favor de convida-lo. Você pode acreditar nisso?

- Todo mundo conhece a fama do seu irmão, Eva—a menina diz divertida e eu concordo—Sabe... Eu não conheço bem Christoffer, mas vocês dois juntos eram bonitinhos.

- Nós éramos, não é?—suspiro cansada e Haley sorri—Eu não sei como chegamos nesse ponto. Nós nem conseguimos ficar no mesmo cômodo.

- Mas ele ainda te olha do mesmo jeito- Haley diz sorrindo e eu arqueio as sobrancelhas confusa.

- Que jeito?

- Você sabe... Como se só existisse você.— ela da de ombros e eu prendo a respiração—Eu sei que não entendo muito de amor, mas algumas pessoas passam anos buscando isso, e algumas nem encontram.

- Talvez ele esteja olhando os chifres-digo divertida e Haley ri.

- Eu só estou dizendo que você deveria ver o jeito que ele te olha quando você nem ao menos sabe que ele está presente— ela da de ombros abrindo a porta—Mas o que eu sei sobre o amor, certo? Eu passo mais tempo na sala de monitoria do que no mundo real.

Observo Haley andar pelo corredor e fecho os olhos sentindo minha respiração falhar. Eu conhecia muitos dos olhares de Christoffer, eu até os classificara. Eu conhecia até o frio na barriga que advinha de toda vez que ele os lançava em minha direção. Contudo, isso era diferente. Eu sabia que Chris não me amava. Ele não trairia se amasse, certo? Mas então, por que eu me sentia dessa forma?

Por que eu sentia meu coração se aquecer?
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Nota da autora

Oi, xuxus. Como vocês estão? Nós estamos chegando a 8k de visualizações e já temos mais de 800 votos. IS that FOR ME???
Queria agradecer ao xuxu que editou todos os capítulos por mim, you are wonderful.

Vejo vcs em breve.

Resiliência (ChrisxEva)Onde histórias criam vida. Descubra agora