13- Decisões

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Thomas estava no escritório pensando em como sua vida mudou de uma alegria de quase explodir o peito para uma tristeza angustiante.

Por que a Heather teve de aparecer?

Por que teve de me beijar?

Ali sentado no sofá olhando para o escuro do recinto, ele se via preso a esses questionamentos quando a porta se abriu. Eram suas irmãs. A Sra. Norman havia contado tudo a elas.

-Por que não nos contou sobre a Megan? – Perguntou Clara.

-Vocês sempre quiseram que eu terminasse com a Heather, então faria uma surpresa. Agora parece muito bobo, mas eu estava tão animado. Tinha certeza que iriam gostar dela.

-Se você se sente assim, como pôde convidar a Heather? Você sabe como ela é.

-Não convidei. Quando percebi meus sentimentos pela Megan, eu terminei com a Heather, mas ela só ouve o que quer. No entanto, dessa vez entendeu que foi definitivo.

-E quanto a Megan? Ela viu o beijo e acabei dizendo que a Heather era sua namorada. – Disse Rose. – Aliás, desculpe por isso.

-Não foi sua culpa. Eu fui ao quarto, mas ela não estava lá. Deve ter ido para casa da Viola, amiga dela.

-Ela deve estar zangada e confusa. Amanhã vocês conversam e tudo ficará bem.

-Eu não sei.

-Tom, Vocês moram na mesma casa, em algum momento vão ser obrigados a conversar.

Thomas mostrou o melhor sorriso possível. Elas o convidaram para sair dali, mas ele preferiu ficar mais um pouco. Seu medo era exatamente Megan não querer ouvi-lo. Ela havia passado por algo semelhante e, talvez, temesse sofrer todo o abuso emocional que acabou se sujeitando. E, além do mais, ela era mais teimosa que uma porta.

                                                                                                 ***

Com uma enorme ressaca, Megan acordava na casa de sua melhor amiga com o pequeno Mouris já ronronando ao seu lado. Ela deu uma longa olhada no recinto para ter certeza de onde estava; no fim sentiu um grande alívio por se vê de volta aquele escritório em que já havia dormido tantas outras vezes.

Viola entrou com um suco de laranja bem doce, água e aspirina. Para Megan foi quase como vê um oásis no meio do deserto. Elas passaram a conversar sobre o acontecido.

-Isso não faz o mínimo sentido. Ele era doido por você.

-Ele é um ator.

-Por que ele faria isso?

-Ele é homem!

-Ok. Pare com isso. Somos adultas e racionais. Depois de conversarem...

-Não. Não vai ter conversa, Vi. Eu quero sua ajuda... Mais uma vez.

-Você pode ficar aqui o quanto quiser. Mas eu ainda acho...

-Na verdade, eu nunca parei de procurar uma casa. Essa semana uma garota me ligou e achei o lugar perfeito. Falei que ligaria, mas não pretendia, pois tudo ia bem com o Tom. Bem, ontem eu liguei e posso mudar hoje mesmo.

-O que?

-Como estava meio bêbada acabei contado tudo, ela se solidarizou. Vou poder fazer o depósito depois.

-O que? Como... ? – Ela respirou fundo. – O que posso fazer pra te ajudar?

-Ele tem essa tradição de ser o primeiro do ano a brincar com a sobrinha...

-Oh, fofo!

-Viola!

-Desculpa.

-É fofo, mas não é esse o ponto. Ele vai sair cedo e passar o dia fora. O Greg, Você e eu vamos lá pegar minhas coisas. 

The love between usOnde histórias criam vida. Descubra agora