The love between us

12- Festividades

Megan e Thomas não passaram o natal juntos, pois ela já havia combinado com colegas de trabalho de viajarem. Eles eram todos estrangeiros que não poderiam visitar a família nesse feriado, assim decidiram ir para a Escócia festejar em algum castelo. 

Ele sempre trabalha muito durante o ano, não conseguindo passar muito tempo com os pais e irmãs, por essa razão preferiu passar o natal com a família. Só depois de Megan retornar de viagem é que trocaram presentes. Ela ganhou uma câmera novinha e moderna; ele ganhou um relógio de bolso com detalhes feitos à mão.

Megan sempre detestou essas festividades de fim de ano, principalmente o natal, por isso não via qualquer importância em passarem juntos ou separados. Mas ele sim, por isso confirmou três vezes com ela sobre passarem a virada de ano no mesmo local. Afinal seria não só o início de um novo ano, mas o começo de uma nova fase da vida deles.

Thomas garantiu não ter comentado nada com as irmãs e o pai a respeito de sua nova namorada, pois queria fazer quase uma surpresa. Ele imaginou que Megan iria adorar a reação das irmãs e do pai ao saber do seu novo amor, pois ninguém ali gostava da Heather. E, sim, ele a considera o seu novo amor e espera ser o seu último também.

No dia do réveillon houve uma confraternização na revista em que Megan trabalha. Ela acabou ficando presa lá por horas, junto com a Viola. Já era quase meia-noite quando conseguiram fugir e Megan, finalmente, chegou à casa do Thomas.

Antes de ela ser apresentada as cunhadas e sogro, porém, ela precisou ir dar comida ao seu gatinho. Ao retornar deu de cara com a sogra. Elas estavam conversando quando Rose e Clara (irmãs do Tom) se aproximaram. Conversa vai, conversa vem, a contagem regressiva começou.

Thomas ia em direção a Megan para lhe dar um beijo de feliz ano novo. Ela o olhava sorrindo, quase hipnotizada por aqueles lindos olhos.

-Ela apareceu. – Disse Rose.

-Como se não fosse acontecer. – Falou Clara.

Nesse momento e apenas por esse instante, Megan moveu seu olhar para as duas, sem ter ideia sobre quem falavam. Ao voltar a fitar o Tom, ela o vê beijando outra mulher.

-Quem é ela? – Perguntou sem especificar para quem.

-É a namorada dele. – Respondeu Rose.

Megan se sentiu voltando no tempo, porém, de alguma forma, a dor de agora era muito pior.

-Você está bem? – Perguntou Clara.

-Não.

Elas a levaram para a cozinha para tomar uma água.

-Você é amiga do Tom? – Questionou Rose.

-Não. Se me dão licença, vou até o banheiro lavar o rosto.

Ao fechar a porta do quarto, uma mistura de sentimentos começou a tomar conta de si. Raiva, decepção, tristeza... Ela não sabia especificar. E nesse estado acabou agindo sem pensar.

Megan colocou Mouris na sua bolsa de passeio, pegou sua própria bolsa e o champanhe favorito do Tom. Uma que ele vinha guardando para aquele dia.

Vagou pelas ruas frias de Londres tomando o champanhe, sem saber bem o que fazer, porém só tinha um lugar para onde iria. Pegou o primeiro táxi.

Minutos depois Viola abria a porta de casa para vê sua amiga bêbada com o gato do lado e a maquiagem toda borrada.

-Eu tenho o dedo de bosta. Pior que podre, Vi!

Antes de perguntar qualquer coisa, Viola a direcionou até o escritório.

-O que está acontecendo?

-O que está re-acontecendo é o que devia perguntar. Fui traída de novo, porém, dessa vez, eu era a amante. No entanto, eu garanto que não dói menos. Na verdade dói mais. Toma esse champanhe Viola. É muito caro e, juntando com a bebida da festa, dá uma 'lombra doida'... É como se diria na minha terra. – Ela começou a rir.

-Ok. Amanhã você me conta direito. Vem comigo.

-Vai me levar pra onde?

-Para tomar um banho, enquanto pego um pijama pra você e roupa de cama.

-Seus lábios mexem, mas não entendi nada... Eu quero dormir aqui, Vi.

-Combinado.

Depois de tudo pronto, Viola a ajudou a se ajeitar no sofá-cama do escritório.

-Eu gosto de você, Vi. Você é minha melhor amiga.

-Bom saber.

-Eu não gosto do Tom.

-Não mesmo?

-Você me conhece tão bem. É mentira, eu gosto dele, mas ele quebrou meu coração, Vi. São tantos pedaços que não sei se consigo juntar de novo.

-Vai conseguir Megan. Vou te ajudar. Agora durma.

O marido da Viola a esperava na cozinha querendo saber o que houve. Ela explicou que a amiga estava muito bêbada para conseguir fazer algum sentido.

-Greg, o fato é que ao pegar o Mark na cama com outra, ela ficou irada. Agora é diferente. Ela está profundamente magoada.

-Depois de saber de tudo poderemos tentar ajudar da melhor forma. – Ele disse dando um beijo na esposa. – Agora, olha isso. O celular dela caiu perto da sala.

Tinha ali várias ligações do Tom e mensagens. A maioria perguntando onde ela estava e afirmando precisarem conversar. Viola preferiu ficar com o celular, até mesmo para não perturbar Megan. Ela realmente necessitava de um descanso.

-Irá responder? Ele parece muito preocupado.

-Ótimo. É o mínimo por fazer minha amiga sofrer. Se ele tem um pingo de inteligência vai saber que ela veio para nossa casa. Vamos voltar para os nossos convidados.

Megan dormia profundamente com o Mouris do lado, enquanto Thomas, sentado sozinho na biblioteca de sua casa, não conseguia parar de se perguntar se ela o deixaria explicar que tudo não passou de um grande mal entendido.