18 - Festa com pegada e o inferno se reinicia

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No dia da festa eu fiquei em dúvida sobre ir ou não, até ficar quase atrasada. Para ter certeza de que compareceria o Joe decidiu vir me buscar, com isso tive de me arrumar na casa dele. Como seria só uma reunião com alguns amigos, eu apenas vesti um short preto com uma blusa de mangas comprida azul e botas de cano curto da cor do short. Fiz uma maquiagem básica que apenas complementei com meu batom vermelho favorito: ruby woo.

Ele é sempre um cavalheiro galante. Ficou entusiasmado repetindo constantemente o quanto eu estava bonita. Foi me apresentar a todos os convidados, era em torno de dez pessoas entre mulheres e homens. Seus amigos eram bem interessantes, acabei me vendo em uma conversa com uma modelo ruiva da Espanha. Pensei que meus preconceitos em relação a modelos terminariam naquele instante, mas a noite se ruiu ao acompanhar o olhar dela.

Sim, o que mais eu poderia esperar do Joe?

Tom entrou com seu belo sorriso iluminando o recinto e tirando a concentração de todos ali. Pelo menos, foi a impressão que eu tive, já que minha companheira de conversa me abandonou no meio de uma frase pra ir se apresentar.

-Como as pessoas podem ser assim? – Acabei falando comigo mesma, mas saiu um pouco alto.

-Desculpe Megan, eu o tinha convidado, porém ele teria trabalho hoje. Não era pra ter vindo.

- Por favor! Joe, é melhor ficar calado do que mentir.

-Não é... Ok. Desculpa. Vocês são ótimos juntos, ele te ama e a Heather nunca foi importante...

-Adeus!

Fui buscar minhas coisas, mas ele me seguiu e me puxou pra cozinha.

-Sério? Você vai entrega-lo de mão beijada para aquela ruiva?

-Mesmo se eu ficasse! Olha pra ela e olha pra mim. Como vou competir com uma modelo espanhola?

-Você não precisa. Escuta, ele gosta de você. Se ficar, ele não vai fazer nada, além de tentar se aproximar de você. Agora, se você sair...

-O que?

-Ele está magoado, de coração partido, pode exagerar na bebida e ela vai acabar conseguindo...

-O que? Conseguindo o que?

-Consola-lo.

-Você é um idiota. – Dei uma olhada neles conversando tão próximos. Em qualquer oportunidade, ela tocava no braço dele. – Eu vou ficar, mas não pelo que você disse. Apenas vou mostrar que podemos conviver em paz.

-Sinta-se a vontade.

Pequei uma taça de vinho e voltei para a sala. Nunca me senti tão desconfortável. Eu me forçava a me concentrar na conversa com um fotógrafo. Sempre adorei fotografia, mas aquele assunto estava se tornando muito chato.

Eu não tinha noção de quantas taças havia bebido. O fotógrafo chato estava mais agradável e sempre me ajudava a fugir do Tom quando ele parecia querer se aproximar. Porém, em dado momento, eu comecei a me sentir tonta. Tive de pedir licença para ir ao banheiro.

Demorei alguns minutos para encontrar o quarto em que o Joe havia me instalado mais cedo. Depois de me refrescar um pouco, eu comecei a pensar se não deveria apenas dormir. No entanto, poderia ser rude da minha parte não me despedir de ninguém. Saindo do quarto dou de cara com o Tom.

-Você tem fugido de mim a noite toda.

-Não tenho ideia do que está falando. Apenas aproveitei a noite pra conversar com meu amigo fotógrafo.

The love between usOnde histórias criam vida. Descubra agora