35- Meia-noite

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Slash estava chateado por ter deixado seus amigos e as brincadeiras do abrigo, mas logo sua zanga passou quando notou estarmos indo para a casa do Matt. Nós tínhamos quase uma guarda compartilhada desse cachorrinho lindo, pois depois daquela doida atirar em mim, o Matt levou o Slash pra casa enquanto eu colocava minha cabeça no lugar indo pra casa do Colin e depois minha própria casa no Brasil.

Depois dele me obrigar a comer alguma coisa, eu corri para a universidade para umas palestras sobre edição de texto. Com todo o meu cansaço aquela acabou sendo a tarde mais longa da minha vida.

Tive um jantar tedioso de duas horas com minha agente literária, eu estava presa na metade do livro e ela de uma forma bem fofa veio me lembrar do tempo estar acabando. Chegando em casa, eu decidi trabalhar um pouco nele, escrever qualquer bobagem e tentar arrumar mais tarde.

No meio do trabalho recebi uma mensagem do Tom me lembrando do tal encontro à meia-noite, terminando com o pedido do endereço do tal hotel.

-Droga! Esqueci disso.

Era pura mentira, passei o dia todo pensando a respeito, mas mentir pra si, as vezes, é inevitável.

***

Ao invés de um quarto de hotel, eu me vi parada na porta de um flat. Tom falou ter comprado um fazia alguns anos, passou por algumas reformas e por coincidência estava livre.

Eu com minha roupa de academia parada sem ter certeza se era uma boa ideia bater naquela porta ou não. No fim, obviamente, acabei me rendendo.

Ao abrir levei um susto, pois Tom já estava pelado. Pelo visto, alguém estava com mais pressa do que havia imaginado. Ele logo me puxou pra dentro me virando de frente pra porta enquanto acariciava minha bunda e descia minha legging só o suficiente para conseguir afastar minha calcinha e enfiar dois dedos em mim, sem nem pedir licença.

Com seus dedos entrando e saindo sem parar, ele mantinha sua língua fazendo uma dança sensual pelo meu pescoço, com a outra mão apertava meu mamilo esquerdo. Se manteve entre essas e outras carícias até decidir que eu já estava excitada o suficiente para dar ao seu rijo membro a vez do prazer. Decisão essa que demonstrei ser a mais acertada através de um gemido oportuno que se atreveu a sair dos meus lábios.

Como um verdadeiro cavalheiro, ele me permitiu ser a primeira a ter um orgasmo me seguindo com uma diferença de segundos, porém aquele momento tão quente não lhe foi suficiente, pois logo me jogou na cama retirando minhas roupas por completo. Dessa vez, Tom colocou sua boca para trabalhar com mais afinco, descendo até entre minhas pernas, sua língua lambia pontos tão sensíveis que quase me fez gritar.

Aquela brincadeira continuou até me fazer o favor de me contemplar com mais três, quase, quase mesmo, quatro orgasmos. Depois de tudo isso, nós dois ofegantes deitados de costas na cama, um do lado do outro, sem saber bem o que dizer. Levantei catando minhas roupas, fui ajeitar-me no banheiro, me vesti e saí pronta para ir embora.

-É tarde, por isso... Eu...

Tom se levantou rapidamente, veio até mim e por alguma razão bem estúpida tive a esperança de que me daria um beijo de despedia, mas, ao invés disso, ele pegou minha mão colocando um dinheiro nela.

-Pegue um táxi.

Foi tudo que falou voltando a se deitar.

Comecei a me sentir usada... 

Uma prostituta! 

E o pior de tudo, eu era muito barata. 

Eu estava em promoção por acaso, Sr. Tom?

-Quer saber, Tom? Enfia no cu.

Joguei as notas no chão e saí correndo dali. Ainda iludida, pensei que viria atrás de mim para se explicar, afinal, só poderia ser um mal entendido, porém nem sinal dele. Eu corri até em casa, eram apenas umas cinco quadras, me joguei na cama e chorei até cair no sono.

The love between usOnde histórias criam vida. Descubra agora