Caminho até a cela de Violetta lentamente abro a mesma e entro, me encosto na parede de grade, a observo, ela esta sentada no chão com o olhar morto e perdido.
Ela se levanta com dificuldades e faço sinal com a cabeça para que ela comece a falar.
—Olha o que eu tenho aqui. — ela me mostra um calibre trinta e oito.
Como ela conseguiu isso?
—Um trinta e oito? Tá e aí? Você vai atirar em mim? E depois tentar sair correndo? — pergunto cruzando os braços fingindo não está encucada de como ela conseguiu aquilo.
—Você precisa de mim pra achar sua irmãzinha. — ela aponta o revólver para própria barriga.
—Se você quisesse se matar de verdade apontaria para a cabeça. E não eu não preciso mais de você estou com um dos homens do seu pai em uma cela igualzinha a essa aqui. — digo com desdém.
—Mentira. — ela me olha chocada.
—Você só vai saber se atirar, se eu voltar correndo é mentira, agora se for verdade você vai morrer ai mesmo. — sorrio e saio de sua cela trancando a mesma, viro-me de costas e escuto um disparo, mas o barulho alto indica que foi para o chão. Continuo andando sem olhar para trás.
—Você vai morrer Eloah, você não é invencível. Os seus pais não foram e não é você quem vai ser. — congelo e volto a andar em direção à cela dela novamente.
Agarro a grade com raiva e meu rosto está a centímetros do dela.
—O que você disse? — raiva está em minha voz.
—Oh, você não sabia? Meu pai mandou matar os seus. — ela coloca a mão na boca fingindo ter falado sem querer.
A encaro com uma expressão assassina e várias formas de matá-la se passa em minha cabeça porém saio de lá como um furacão.
Eliot Jones a sua morte será a mais lenta de todas.
Passo por um dos soldados e digo para ele achar Roberta e pedir para que ela reúna todos os soldados.
Meia hora depois recebo uma mensagem de Roberta dizendo que todos já estão prontos.
Vou até o galpão e vejo todos estão em formação olhando para frente. Subo as escadas e vou para a parte de cima do galpão, daqui vejo todos e tenho a visão de todo o lugar.
—Quero um novo comandante. —digo alto e claro, Roberta me olha assustada.
—Com o sequestro de Eloysa e com a nova informação que obtive a pouco sobre Eliot ter mandado matar os meus pais preciso dividir vocês em dois grupos, quero Roberta comigo cuidando somente do caso de Eloysa. E o outro grupo vai ficar com as tarefas diárias de sempre, e é por isso que preciso de outro comandante pelo menos temporário. O teste de vocês vai ser lutar entre si até que somente um fique de pé.
Todos se olham assustados, faço sinal para que Roberta suba e fique ao meu lado e ela obedece.
Eles começam a lutar entre si sem par certo e eu os observo com atenção.
Vinte minutos depois já não estou prestando atenção na luta. Sinto Roberta pegar em meu braço e me viro para olhá-la.
—Não acha que já deu? eles vão acabar se matando. — seu olhar é preocupado.
—Eu já sei quem eu vou escolher. — falo olhando para os soldados.
—Já? E porque não faz eles pararem de brigar? — aponta para os soldados abaixo de nós.
—Gosto de vê até onde uma pessoa vai pelo poder, até onde ela vai para tê-lo. E é aí que eu vejo que a pessoa mais gananciosa, mais sedenta pelo poder não pode tê-lo. — digo calma.
Quinze minutos depois somente um dos meus soldados está de pé, Pedro.
Desço as escadas e vou até o meio do galpão onde estão todos caídos no chão.
—Rafael. — chamo e ele levanta em prontidão e vem mancando na minha direção.
—Sim senhora. — diz ele ofegante.
—Você é o novo comandante. — o seu sorriso é gigantesco mas vejo dúvidas em seu rosto.
—O que? Eu dei a minha vida e fui o único a ficar de pé e não sou o comandante? —Pedro diz tomado pela raiva.
—Não você não é o comandante. Acontece que você mais fugiu dos golpes do que bateu e esse é o motivo para estar de pé, você não lutou você fugiu e eu preciso de um vermelho que de o seu sangue, e vejo que Rafael dará o dele. Você, Pedro não é digno de ser um vermelho quanto mais um comandante. — ele me olha com raiva e sai andando pra longe de todos.
—Roberta vai te deixar a par de tudo o que tem que fazer. — ele concorda e mando ele ir em direção a Roberta.
—Todos lutaram muito bem, parabéns. — ouço Roberta dizer enquanto saio indo de volta a mansão.
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Volto para a mansão e encontro Nicolas no sofá. Ele me olha curioso e sei o que quer saber.
—Bem Nicolas, eu vou ser direta tá bom? — ele concorda e eu continuo. —Sou eu quem paga os seus estudos e é por isso que a diretora me ligou para saber de você também.
—Como assim você paga meus estudos. Minha avó disse que era uma bolsa. — diz indignado.
—Olha eu sei que ela falou isso, e sei que é horrível saber que mentiram pra você. Mas sua avó é importante pra mim, ela cuidou de mim e Eloysa quando nossos pais morreram. Prometi a ela que a ajudaria em tudo que precisasse e ela me disse que a única coisa que ela queria era que você estudasse na melhor escola. E então eu pago seus estudos. — digo ainda de pé.
—E porque fingiu não me conhecer naquele dia na escola? — pergunta se levantando.
—Eu não fingi. Não te reconheci a última vez que te vi você era pequeno e bem diferente. Mas quando liguei os pontos não achei que eu deveria contar é um segredo da sua avó. — digo sincera.
Ele concorda e sai sem dizer uma palavra, penso em ir atrás dele mas vou deixá-lo pensar um pouco.
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Décimo terceiro capítulo com atualizações 🌹
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Eloah Rivera: A Rainha da Máfia.
RomanceEu apresento a você, A Rainha Da Máfia. Eloah Rivera tem 24 anos e já viu e fez de tudo, desde que assumiu o poder da máfia italiana. A máfia vermelha era comandada pelos pais de Eloah, mas por conta de um acidente trágico os dois morreram, deixan...