Capítulo 17 (Continuação) ✔

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Com os pensamentos ainda uma loucura pelo suposto choque que recebi ao encostar em Victor observo pelo retrovisor o tal carro nos segui.

Eu prometo a mim mesma que manterei Eliot com muita alegria.

Tiro minha jaqueta e jogo no banco de trás do carro, prendo o cabelo e respiro fundo.

—Só temos uma bala. — olho pelo retrovisor novamente. —Preciso acertar o pneu.

—Aqui não dá para fazer isso. É cheio de curvas e pilastras. — ele olha para o carro atrás de nós. 

—Vai ter que dar. Me segura firme. —me posiciono para colocar o corpo novamente para fora e dessa vez tenho que acertar aquele pneu.

Me coloco novamente para fora e Victor segura minha coxa observo o alvo e entro novamente no carro.

Fecho os olhos e respiro fundo. Essa é por você Eloysa. Abro os olhos e me coloco de novo para fora. Victor segura minha coxa e o tal choque volta a acontecer os pelos do meu braço estão todos arrepiados, empurro os pensamentos para longe e me concentro no pneu, eles não param de atirar.

Foco no pneu e disparo, graças ao bom Deus acerto, vejo o carro bater de frente para uma pilastra grossa de concreto e grito comemorando.

Victor faz uma curva e eu quase caio, mas sua mão segura o cós de minha calça e sinto seus dedos na minha pele em baixo do tecido me arrepio inteira e ele me puxa de volta.

Victor continua com a velocidade alta e eu fico olhando as ruas conferindo se não estamos sendo seguidos.

Depois de uns vinte minutos mais ou menos Victor entra em uma estrada de barro e acelera ainda mais.

—Para onde está me levando. — olho para ele séria.

—Vamos nos esconder até a poeira baixar, ligue para Roberta e explique o que aconteceu mas não conte onde estamos, podem ter colocado escutas na linha. — ele diz sério concentrado na avenida. 

—Como não irei dizer a ela onde estou se eu não sei onde estou? — digo irritada.

—Liga logo. — falou bravo.

—Está me dando ordens? — levanto uma sobrancelha e o encaro.

—Estou te ajudando. — ele me olha levantando a sobrancelha igualmente a mim. 

—Para onde está me levando? E o Nicolas? Eu preciso ficar com o Nicolas. — em meu tom é notavél o desespero e agonia.

Não sou de sentir medo mas não conheço Victor e nunca vi essa estrada antes. 

—Ele está seguro lá. — fala frio.

Vi que ele não mudaria de ideia e que seguiria esse plano idiota até o fim, espero que ele esteja realmente tentando me proteger e não um capanga de Eliot.

Pego meu celular e ligo para Roberta conto a ela o que aconteceu e ela diz que vai atrás dos tais motoristas. Enquanto estou dando ordens a ela sobre ficar vinte e quatro horas com o Nicolas encosto minha cabeça no vidro do carro e começo a bater os meus dedos, estou mandando um código para ela, binário, estou dizendo que não sei mesmo onde Victor está me levando e que não confio totalmente nele, ela na hora entende e me diz que já está rastreando a ligação.

Eloah Rivera: A Rainha da Máfia. Onde histórias criam vida. Descubra agora